
Donizete se apaixonou por Marinalva e, juntos, eles construíram uma vida, com filhos e diversos desafios ao longo dos 35 anos de casamento. Acontece que ele descobriu que estava sendo traído pela tão amada esposa.
Mesmo abalado, ele escolheu perdoar Marinalva, tentando recuperar o relacionamento. Sem que soubesse, a moça já planejava ir embora — um dia, ela simplesmente desapareceu, levando todos os bens materiais dele.
O homem sofreu, tentou contato, mas ela o evitava até voltar para a cidade deles meses depois. Mesmo sabendo de tudo, Donizete ainda a ama e acredita que eles podem recomeçar, esperando Marinalva dar outra chance para o amor dos dois.
Veja mais uma história do Quem Ama Não Esquece:
Quando eu era mais novo, trabalhava como cobrador de ônibus e, apesar da rotina pesada, eu gostava muito. A rotina era puxada — todo dia, as mesmas paradas, os mesmos passageiros. Até que um dia, tudo mudou.
Foi o dia em que ela entrou no ônibus: uma mulher linda, que chamava a atenção de qualquer um. Durante toda a viagem, quando eu olhava para ela, ela retribuía e eu sentia um baita frio na barriga.
A partir daquele dia, ela passou a sempre pegar o ônibus em que eu trabalhava e a gente não parava de se olhar. Um dia, ela tomou a iniciativa e nós começamos a conversar.
Marinalva: - Oi, licença... que horas são, por favor?
Donizete: São 10 para as 8... Ei, escuta, você sempre pega o meu ônibus, né? Qual é o seu nome?
Marinalva: Meu nome é Marinalva, e o seu?
Donizete: Você é muito bonita, Marinalva. Será que você toparia tomar um sorvete comigo um dia desses?
Marinalva: Claro que sim. Para ser sincera, você leu a minha mente.
A gente marcou, saiu e logo começamos a namorar. Bem no começo do nosso namoro, a minha família estava de mudança de cidade e eu, que ainda morava com eles, não queria ir embora.
Então, meio que por impulso, eu fiz uma loucura, que acabou se tornando a melhor coisa que eu já fiz: eu chamei a Marinalva para morar comigo.
A gente "juntou", como dizem por aí, mas combinamos de só ter um filho quando a gente tivesse uma condição melhor de vida.
Aos poucos, a gente foi arrumando a nossa casa e crescendo juntos. Alguns anos depois de uma vida muito gostosa, nós tivemos o nosso primeiro filho, o Marcos.
Criar um filho não é moleza e, como eu disse, nós queríamos dar tudo do bom e do melhor para ele, então só fomos ter nosso segundo filho, o Leonardo, 13 anos depois.
Meus meninos sempre foram a minha paixão e o meu maior orgulho, e a Marinalva, o amor da minha vida. Eu sempre amei essa mulher demais.
Desde o primeiro dia, até depois de anos juntos. Só que, como todo casamento, depois de tanto tempo, as coisas começaram a esfriar. E, depois de 35 anos, a Marinalva fez uma coisa que tornou tudo mais complicado.
Um dia, do nada, eu recebi uma mensagem no celular. Era um áudio encaminhado. Um áudio que a Marinalva tinha enviado para uma amiga.
“É sério, eu estou completamente apaixonada por esse cara. Eu me sinto culpada, claro, com dó do meu marido. Ele não merece nada disso, mas está sendo mais forte do que eu, entende? E na cama, olha...”
Era ela. Era a minha esposa. Era a voz da minha esposa. Eu não tinha dúvida. Era ela falando sobre outro homem. Era ela confessando que estava me traindo.
O meu sangue subiu. Eu comecei a tremer sem parar e entrei em pânico. Não podia ser verdade.
Marinalva: Não sou eu! Não sou eu nesses áudios, Donizete.
Donizete: Como não? É sua voz! O que isso quer dizer, Marinalva?
Marinalva: Você está duvidando de mim! Que falta de respeito.
Donizete: Falta de respeito? É a sua voz! É você. Admite de uma vez.
Marinalva: Eu não preciso passar por isso! Quer saber? Eu não vou ficar aguentando isso. Eu vou embora, vou sair dessa casa!
Donizete: Marinalva, volta aqui! A gente tem que conversar. Você não vai embora coisa nenhuma. Nós vamos sentar e conversar. Você só tem que admitir. Admite. E fala quem é ele!
Marinalva: Tá bom, Donizete. Sou eu. Eu admito. Sou eu... mas, por favor, me perdoa. Me perdoa! Foi coisa de emoção, eu juro. Uma bobagem.
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