O Maycon teve uma infância difícil, marcada pela perda da sua mãe e pela irresponsabilidade e traição por parte do seu pai. Aos 20 anos, ele começou um relacionamento com Patricia, mas devido ao seu foco no trabalho e nos estudos, passou a estar menos presente na relação.
Com essa ausência, Maycon foi surpreendido de uma maneira que jamais imaginou, mas decidiu tentar entender a situação e seguir em frente.
Veja mais uma história do Quem Ama Não Esquece, da Band FM:
Às vezes, a verdadeira felicidade só surge quando temos coragem de perdoar o que parecia imperdoável. Para contar a minha história, preciso voltar alguns anos.
Meus pais me tiveram quando ainda eram adolescentes, com apenas 16 anos. A situação já era complicada, mas piorou ainda mais quando eu tinha apenas 3 anos e minha mãe faleceu. Eu não me lembro muito dela, mas, claro, foi difícil crescer sem uma mãe, ainda mais porque meu pai nunca foi exatamente um exemplo de pai. Talvez ele até tenha feito o que estava ao alcance dele, mas a verdade é que ele sempre foi imaturo, um "molecão" que nunca amadureceu.
Eu ainda era uma criança quando percebi que precisaria cuidar de mim mesmo. Aos 8 anos, por exemplo, eu já sabia cozinhar, ia e voltava sozinho da escola e cuidava da casa. Não porque meu pai me obrigava, mas porque, se eu não fizesse, ele também não fazia.
Foi assim que criei responsabilidades muito cedo, mas nunca fui uma criança revoltada. Eu não tinha tempo para isso. Também nunca culpei meu pai por nada. Para mim, ele não era daquele jeito por maldade; ele apenas não sabia ser diferente.
O tempo passou e, aos 20 anos, conheci a Patrícia. Me apaixonei perdidamente. Naquela época, eu estudava, trabalhava e cuidava das coisas em casa, sempre focado em construir um futuro melhor.
Patrícia tinha a minha idade, mas, ao contrário de mim, era mais imatura, menos responsável, quase infantil. No entanto, eu não mandava no coração. Adorava o jeito meigo e a inocência dela. Aquela foi a primeira vez que me apaixonei de verdade.
Nossa relação foi intensa desde o início, e logo Patrícia passou a frequentar minha casa com frequência, ficando mais tempo lá do que na dela. Meu pai, que nunca se importou muito com nada, não ligava. Eu, por outro lado, adorava, porque era a primeira vez que tinha uma presença feminina constante em meu dia a dia.
Patrícia: Maycon, eu sei que você cozinha bem melhor do que eu, mas não precisa fazer tudo sempre sozinho.
Maycon: Eu estou acostumado. Sempre fiz tudo em casa.
Ouça a história completa do Maycon na Band FM: