Conforme a gente tem falado aqui dia sim e outro também, e disso os companheiros e companheiras boiadeiros têm perfeito conhecimento, é praticamente certo que o 2024 que tá em andamento deve ser o melhor ano da história pras exportações brasileiras de carne bovina, passando na frente do 2023, que até agora ainda tá ocupando esta posição, né. Também é da sabedência geral que o motivo principal desta situação atual é o extraordinário aumento na oferta de gado terminado aqui no nosso comércio pecuário, o que fez o boi brasileiro ser hoje disparado o mais barato de todo o mercado internacional.
A questão que, com a virada de ciclo da nossa atividade, o vento vai começar a bater do lado contrário, com o esmagrecimento da oferta de boiada engordada e o começo da recuperação da cotação.
Sendo assim, a precisão agora é de campear no eito informação de quais podem ser os efeitos desse devorteio, e a este respeito foram divulgadas na semana passada duas previsões que podem servir de orientação pra todo mundo que é fornecedor de animais pro setor exportador.
A primeira delas foi feita pela Conab, a Companhia Nacional de Abastecimento, que é uma empresa pertencente ao governo brasileiro, né. De acordo com os técnicos da instituição, no ano entrante a nossa produção de carne deve diminuir pra 9,78 milhões de toneladas, mas assim mesmo os embarques daqui lá pra fora ainda vão aumentar 2,5%, passando pra 3,6 milhões de toneladas, e repare o companheiro boiadeiro que, se isso for mesmo confirmado, vai ser a terceira vez seguida que o melhor resultado da história vai ser renovado, né.
Já a segunda previsão merecedora da atenção da amiga pecuarista é sobre o tamanho e o rendimento do rebanho bovino brasileiro, e foi feita pelos especialistas do USDA, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que vem a ser o equivalente ao nosso ministério lá no governo do gigante nortista.
Na parte da produção de carne, os técnicos estadunidenses tão sendo bem mais otimistas, digamos assim, do que o pessoal da Conab, e tão falando que no ano que vem o volume vai chegar a 11,85 milhões de toneladas, com uma queda de 0,8% em relação ao 2024. Já a boiada nacional deve ficar em 182,18 milhões de animais, ou 2,5% a menos do que no ano atual. Pois então, o caso é de anotar tudo e esperar pra ver quem é que vai acertar, né.