Wesley Batista, da JBS, defende desburocratização para crescimento do Brasil

Em evento em Roma, empresário também prevê que 2025 será mais um ano de bom desempenho socioeconômico para o país

Wesley Batista, da JBS, defende desburocratização para crescimento do Brasil
Empresário Wesley Batista, da JBS
Divulgação

O Brasil precisa se dedicar a uma agenda de desburocratização para garantir crescimento econômico. “É preciso simplificar processos para atrair ainda mais investimentos ao país”, defendeu o empresário Wesley Batista, acionista da J&F e integrante do Conselho de Administração da JBS, durante painel no 2º Fórum Internacional Esfera, realizado neste sábado, 12, em Roma.

Em sua participação, Batista também destacou os avanços significativos apresentados pelo Brasil nos últimos anos e enfatizou seu otimismo em relação ao país. “O Brasil segue crescendo consideravelmente, com um mercado consumidor gigantesco e instituições muito bem estabelecidas. Por isso, seguimos otimistas e acreditamos que tudo caminhará ainda melhor daqui para frente. Não tenho dúvidas de que 2025 será melhor do que 2024, assim como este ano está sendo melhor do que 2023”, pontuou.

Em relação à simplificação de processos, Batista citou o exemplo das exportações de grãos, em que o setor acaba enfrentando desafios tributários no deslocamento de insumos de uma região para outra. Trazer milho, por exemplo, de outros estados para São Paulo demanda pagamento de tributo na origem e gera crédito no destino, o que provoca “judicialização tributária” e abre espaço para “a guerra fiscal”. O empresário ponderou que, com a estruturação de uma agenda entre os setores privado e público focada em desburocratização, todos ganharão, pois isso abrirá espaço para novos negócios.

Sobre o custo Brasil, Batista teve uma noção precisa do que isso significa nos quatro anos em que dirigiu os negócios da JBS nos Estados Unidos - de 2007 a 2010. Mesmo levando em conta a diferença de colaboradores no Brasil (155 mil) e nos EUA (60 mil), o total de profissionais jurídicos dedicados às áreas trabalhista e contábil dá bem a ideia de como é complexo fazer negócios em território brasileiro: são 200 pessoas ao todo, enquanto, na operação americana, são somente 28.

Batista também chamou a atenção sobre a importância das autoridades e da sociedade olharem para os marcos conquistados pelo país. “Nas últimas décadas, saímos de um regime militar, conquistamos a democracia e tivemos diversos eventos em que o país demonstrou sua força e importância para o mundo”, comentou. “Como acionista de uma companhia global, com negócios em diferentes regiões do mundo, acreditamos na força e no poder do Brasil para seguirmos adiante”, disse.

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