Vídeo: trio "pão, café e suco" pode ter variação de até 200% em São Paulo

Os preços dos itens que compõem o café da manhã, como pães, suco de laranja e café, estão pesando no bolo

Da Redação

Os itens que compõem o café da manhã “basicão” do paulistano, pão na chapa, suco de laranja e um café, podem ter uma variação de preços em São Paulo que chega a 200%. O trio, dependendo do bairro onde está localizada a padaria, pode custar R$ 54 ou até R$ 30.

A alta nos preços do pão francês está relacionada com o conflito entre Ucrânia e Rússia. Entre janeiro de 2020 e abril de 2022, o preço do trigo, que é a matéria-prima do pão (e que é importada no Brasil, que ainda não tem uma produção suficiente para atender a demanda interna), teve alta de 130%. A Ucrânia é um dos maiores produtores do cereal e, com a guerra, os preços dispararam no mercado. Entre 2020 e 2022, isso fez o preço do pãozinho, no Brasil, aumentar 18,03%. 

Na atual safra, o Brasil está produzindo mais trigo (as produções se concentram na região Sul do Brasil e está se expandindo para o Centro-Oeste e Nordeste) e, com isso, nos últimos 12 meses, o preço do pão, que tinha subido 18%, caiu 10%. Com a colheita da nova safra, espera-se que fique ainda mais barato!

Cafezinho - Os preços do café e do suco de laranja (ambos são commodities, com preços internacionais utilizados como base) também têm variações consideráveis. No caso do café, o produto vem registrando queda nos preços nos últimos seis meses. Isso porque, em 2020 e 2021, as lavouras do Brasil (o Brasil é o maior produtor de café do mundo) foram atingidos por geadas e a produção diminuiu, fazendo o preço subir. Agora, começou a safra 2023 e, sem problemas climáticos na lavoura, a produção deve ser maior.

A produção de café no Brasil deve chegar a 54 milhões de sacas de 60 quilos, segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A variação dos preços do produto nas capitais, para o consumidor, chega a 37%. 

O suco de laranja, quando é exportado, tem seu preço fixado em bolsa. Neste caso, são os tipos FCOJ (suco de laranja concentrado e congelado) e NFC, que é suco pronto para beber, mas do tipo exportação. Nas padarias paulistas, usa-se laranja de mesa para produzir sucos. 

Os preços das laranjas estão se reduzindo no mercado de fruta in natura. Em maio, a variedade pera teve preço médio de R$ 42,74/cx de 40,8 kg, uma desvalorização de 5,41% frente à da semana passada, e as laranjas do tipo rubi foram comercializadas a R$ 37,82/cx, um recuo de 5,54% no mesmo período.

O que pode levar a grande variação de preço no combo café da manhã em São Paulo são custos como o preço dos aluguéis de imóveis e impostos e, por isso, a conta sai mais cara de acordo com o bairro. A saída é a boa e velha pesquisa!
 

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