Um relatório feito pela OCDE e pela FAO/ONU, indica que, dentro de nove anos, pode faltar alimentos para atender a demanda da população global. As mudanças climáticas severas, como secas na Europa e na América do Sul, impactam diretamente na produção de carnes e grãos e, com o aumento da população mundial, não haverá alimentos suficientes para atender a demanda. Isso, sem falar no preço dos fertilizantes, que aumentou nos últimos anos por conta do conflito na Ucrânia.
De acordo com o relatório, a demanda por alimentos deve aumentar 13% até 2032, enquanto a oferta de alimentos, aumentará 11%, um patamar menor que na década passada. O documento aponta preocupação com a segurança alimentar e aponta que a falta de alimentos deve atingir os países mais pobres.
Na Europa, o setor de alimentação está atento ao desperdício. Os restaurantes estão fazendo um esforço para reduzir em pelo menos 30% a quantidade de alimentos que acabam no lixo até o ano de 2030.
O relatório aponta que todo o mundo ficará mais dependente das commodities agrícolas, o que é uma boa notícia para o Brasil, na próxima década, que pode exportar mais soja, milho e carne bovina, gerando um impacto direto no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.