O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca do Uruguai confirmou, no último fim de semana, que pelo menos 70 aves morreram devido ao surto de Influenza Aviária (H5N1) que atingiu o país. Segundo nota oficial da pasta, as aves eram galinhas de uma criação comercial pequena, localizada na região central do país. Outras aves, incluindo cisnes negros selvagens, também já morreram no país.

A pasta informou que tomou medidas imediatas após a notificação do caso, em San Gregorio de Polanco. A propriedade foi totalmente isolada em um raio de cinco quilômetros.

Confira trecho do comunicado oficial:

“Após a notificação recebida por um estabelecimento familiar na localidade de San Gregorio de Polanco (Tacuarembó) que confirmava a morte de aves em seu estabelecimento, a Direção Geral de Serviços Pecuários do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pescas confirmou a presença de gripe aviária H5 como a causa da morte dessas aves. No total, foram encontradas 70 galinhas e outras aves de quintal mortas pelo vírus. De imediato, o MGAP interveio neste caso e aplicou o protocolo correspondente a este tipo de caso, isolando a área e estabelecendo vigilância num raio de 5 km. O trabalho é realizado em conjunto com a Comissão Departamental de Emergências (CDE) de Tacuarembó, presidida pelo prefeito Wilson Ezquerra”
 

O primeiro caso confirmado de gripe aviária ocorrida no Uruguai ocorreu no dia 15 de fevereiro. Na ocasião, dois cisnes selvagens que habitavam um parque foram encontrados mortos e exames laboratoriais confirmaram a presença do vírus H5N1. Na mesma semana, a doença foi confirmada na Argentina. Atualmente, mais de 21 casos já foram confirmados no país. 

O Brasil chegou a investigar dois casos suspeitos de gripe aviária - um no Rio Grande do Sul e um no Amazonas - mas os exames mostraram que não se tratava da doença. O país não registrou nenhum caso e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já instituiu um plano emergencial de contingência da doença, principalmente nas fronteiras com Uruguai, Argentina, Bolívia e Peru, que têm casos positivos para a doença.

Na semana passada, o Camboja confirmou a morte de uma menina de 11 anos devido à gripe aviária e outras 13 pessoas estavam isoladas, aguardando o resultado de testes.