Soja: quebra de safra na Argentina freia queda de preços do grão

Mercado internacional está de olho no ritmo da colheita brasileira, que caminha para uma produção histórica

Da Redação

Clima provocou prejuízos na safra de soja na Argentina nesta safra
Marisa Horikawa/Embrapa

O mercado mundial de soja está atento à colheita na América do Sul e às primeiras estimativas de intenção de plantio nos Estados Unidos. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea/USP), enquanto a safra brasileira segue em bom ritmo e caminha para produção recorde, na Argentina, o início da colheita fez com que as estimativas fossem novamente reajustadas para baixo. 

Esse contexto na Argentina acabou elevando os preços do complexo soja nos Estados Unidos e limitando o movimento de baixa no Brasil nos últimos dias. 

De acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a produção de soja na Argentina está estimada em 25 milhões de toneladas, 44,4% abaixo da média das últimas cinco safras. O volume é quase o mesmo que o Paraná produzirá sozinho nesta safra.

Pesquisadores do Cepea destacam que, assim, a necessidade de a própria Argentina importar o grão para processamento interno deve aumentar, ao mesmo tempo em que demandantes externos de farelo e de óleo tendem se direcionar ao Brasil e aos Estados Unidos. 

Para o Brasil, esse é um ambiente favorável em ano de oferta possivelmente recorde, ao mesmo tempo que as variações positivas de preços podem atrair mais produtores a semearem a soja nos Estados Unidos na safra 2023/2024.

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