Produtos de milho sem impostos podem baratear preço de alimentos no Brasil

Senadores aprovam isenção de imposto para o óleo e o farelo de milho para produzir rações; soja já tem isenção

Produtos de milho sem impostos podem baratear preço de alimentos no Brasil
As duas safras de milho podem totalizar 129,5 milhões de toneladas, indica Datagro
Gustavo Porpino/Embrapa

O Senado aprovou nesta quarta-feira (10), por unanimidade, a isenção de alguns impostos para o farelo e o óleo de milho. Os derivados do milho não terão mais a cobrança de tributos como o PIS/PASEP e a Cofins. A mudança pode deixar os alimentos mais baratos no Brasil.

A relatora do projeto, senadora Tereza Cristina (PP/MS) e ex-ministra da agricultura, explicou que o benefício é o mesmo já concedido para a soja. “Na cadeia da soja, existe a isenção do PIS/Cofins para todos os grãos usados para produzir farelo, do óleo, ração animal e também para alimentação humana”, disse Tereza Cristina. “O milho tem o mesmo papel, além da energia através de etanol. Então, você iguala e traz uma isonomia para os dois grãos mais importantes do Brasil”.

Os preços de alguns produtos alimentícios podem cair a partir da mudança, que ainda deve ser sancionada pelo presidente Lula. Isso porque o cereal é utilizado como matéria-prima para a produção de rações para animais de criação como bovinos, frangos e suínos, e com os custos de produção mais baixos, possivelmente o reflexo chegará aos consumidores.

Outro produto que consta na lista do projeto apresentado é a isenção dos mesmos impostos para a venda de borra e desperdícios das agroindústrias cervejeiras e destilarias.

Os técnicos do Senado estimam uma renúncia de R$ 43 milhões com a isenção de PIS/Pasep e Cofins sobre o farelo e óleo de milho. 

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