Os alimentos foram os principais responsáveis por puxar a queda na inflação no mês de agosto, no entanto, a seca que atinge o Brasil, considerada a pior das últimas décadas, e as queimadas que atingem áreas agrícolas, podem deixar os alimentos mais caros a partir de setembro. Os impactos serão sentidos principalmente em alimentos de cultivo permanente.
Uma das lavouras mais prejudicadas pelo fogo são os canaviais. Segundo a Unica, União das Indústrias de Cana-de-açúcar, mais de 231 mil hectares de canaviais queimaram. O impacto já é sentido no preço do açúcar, que subiu 2,3% na última semana.
A Conab projetou também uma alta para os preços do feijão, em torno de 40%, e entre as frutas, está a laranja, com a produção prejudicada pela estiagem. Nas centrais de abastecimento, a oferta de laranja já caiu mais de 20%, o que deve elevar consideravelmente o preço para o consumidor. Mas a falta de chuvas e incêndios também prejudicam as hortaliças, que são cultivos temporários.
Outro item que pode subir nas próximas semanas são as carnes. Isso porque a seca atinge a produção de soja e milho, que são ingredientes básicos das rações de animais de criação.