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Safra brasileira de cana-de-açúcar é encerrada com 622 milhões de toneladas

Produção é 5% devido às condições climáticas registradas no ano passado nas regiões produtoras

Safra brasileira de cana-de-açúcar é encerrada com 622 milhões de toneladas
Safra termina menor, mas produção de etanol bate recorde no Brasil
Divulgação/UNICA

Resumo

  • A safra 2024/2025 de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil teve uma moagem de 621,88 milhões de toneladas, marcando uma redução de 4,98% em relação à safra anterior, mas alcançou um recorde na produção de etanol com 34,96 bilhões de litros.
  • Queda na produtividade: A produtividade agrícola nos canaviais da região Centro-Sul caiu para 77,8 toneladas por hectare, uma redução de 10,7% comparada à safra anterior, influenciada por desafios climáticos e incêndios em algumas áreas, especialmente em São Paulo.
  • Produção de açúcar e etanol: Apesar da queda na moagem, a produção de açúcar atingiu 40,17 milhões de toneladas e a de etanol hidratado cresceu 10,27%, com a produção de etanol de milho registrando um aumento significativo de 30,70%, representando 23,43% do total produzido.

Este resumo foi gerado por inteligência artificial e cuidadosamente revisado por jornalistas antes de ser publicado.

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A safra 2024/2025 de cana-de-açúcar na região centro-sul do Brasil foi encerrada com a moagem de 621,88 milhões de toneladas de cana-de-açúcar processadas pelas usinas. O volume é 4,98% menor que o registrado na safra anterior. Apesar da redução, a produção de etanol no Brasil deve ser recorde.

Segundo Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da Unica, “apesar da redução da moagem em comparação com a safra anterior, que já era esperada, a safra 2024/2025 registrou a segunda maior moagem na história do Centro-Sul, além de registrar um novo recorde na fabricação de etanol”.

No campo, a safra rfoi marcada por queda na produtividade agrícola nos canaviais da região Centro-Sul, após o recorde de produtividade no ciclo 2023/2024. As lavouras registraram rendimento de 77,8 toneladas de cana por hectare colhido no acumulado do período de abril de 2024 a março de 2025, com uma queda de 10,7% na comparação com o indicador apurado na safra anterior, de acordo com o levantamento do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC).

O Estado de São Paulo, responsável por57,5% da moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul, apresentou queda de 14,3% (77,6 toneladas por hectare nesta safra versus 90,6 toneladas por hectare no ciclo anterior). Nos demais estados produtores, a queda variou de 2,7% em Goiás a 12,7% no Mato Grosso do Sul. 

A qualidade da matéria-prima colhida na safra 2024/2025, mensurada em kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar processada, registrou 141,07kg de ATR por tonelada, índice 1,33% superior ao valor apontado no último ano.

 “Esse ciclo agrícola foi marcado por uma série de desafios agronômicos, operacionais e climáticos. O estresse hídrico ao longo dos meses de desenvolvimento da lavoura afetou a produtividade agrícola e a pureza do caldo da cana-de-açúcar processada, impactando o rendimento na fabricação de açúcar”, explica Rodrigues. “No segundo semestre de 2024, ainda tivemos a ocorrência de incêndios criminosos e acidentais em várias regiões produtoras, especialmente no Estado de São Paulo, que exigiram esforços das unidades produtoras para minimizar os danos causados”, completa o executivo. 

Produção de açúcar e etanol

No acumulado da safra 2024/2025, a produção de açúcar totalizou 40,17 milhões de toneladas, redução de 5,31% em relação ao recorde histórico registrado no ciclo anterior (42,42 milhões de toneladas).

Rodrigues destaca que apenas 48,05% da cana-de-açúcar foi direcionada à fabricação do adoçante, sendo a maior parte da cana moída utilizada na produção de etanol. “A produção de açúcar caiu devido à menor quantidade de cana-de-açúcar processada e, ainda, ao ligeiro aumento de 1,59 ponto percentual na proporção de matéria prima direcionada à fabricação de etanol”.

No acumulado desde o início da safra 2024/2025, a produção de etanol registrou um novo recorde histórico: a fabricação do biocombustível totalizou 34,96 bilhões de litros, crescimento de 4,06% em relação ao volume da safra anterior (recorde anterior). Destaque para a produção de etanol de milho, que atingiu 8,19 bilhões de litros — avanço de 30,70% na comparação com igual período do ano passado — representando 23,43% da produção do renovável no Centro-Sul. 

Nessa safra, foram produzidos 22,59 bilhões de litros de etanol hidratado, crescimento de 10,27% (segundo maior valor da série histórica), e 12,37 bilhões de litros de anidro, queda de 5,63%.

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