As exportações de carne bovina brasileiras totalizaram uma receita de US 4,8 bilhões no 1º semestre do ano, apontou a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). A receita é 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em volume, foram exportadas 1, 02 milhão de toneladas de carne bovina, 21,4% menos que no mesmo período de 2022.
Em nota, a Abiec informou que a queda deve-se principalmente, à suspensão das importações de carne pela China, em fevereiro, quando o Brasil confirmou a ocorrência de um caso atípico de Mal da Vaca Louca. Segundo a associação, o país asiático é o principal comprador da carne brasileira e, nos seis primeiros meses do ano, importou 512.306 toneladas, gerando a receita de US$ 2,6 bilhões .
“Em fevereiro, o Brasil registrou um caso atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (mal da ‘vaca louca’) e suspendeu temporariamente as exportações para o mercado chinês por 30 dias, o que impactou nos resultados do período”, destaca a associação.
Depois da China, o maior mercado para a carne brasileira são os Estados Unidos, que importaram 71.398 toneladas, com um faturamento de US$ 428,6 milhões.
“O Brasil é o terceiro maior fornecedor de carne bovina in natura para o mercado norte-americano, consolidando a proteína brasileira como grande parceira na indústria processadora de carnes do país”, apontou a nota técnica da Abiec.
Para a União Europeia, as exportações de carne bovina aumentaram nos primeiros seis meses do ano. Foram 7,7% toneladas a mais no período, totalizando 39.330 toneladas a um preço médio com pouca variação, totalizando USS 287,2 milhões.
“Foi o maior volume exportado para o Bloco Europeu desde 2008, quando foi instituída a obrigatoriedade das Fazendas Traces, o que reduziu as propriedades habilitadas e diminuiu para menos da metade o total exportado de carne bovina in natura do Brasil para UE”.
A Abiec ainda informou que as exportações de carne in natura para o Canadá somaram 2.500 toneladas de janeiro a junho, com um faturamento de US$ 10,6 milhões e os embarques para a Rússia cresceram 44,7% e o faturamento aumentou 40%, totalizando 23.556 toneladas e US$ 83,6 milhões.