A ceia de Natal deste ano está mais cara. Alimentos típicos da mesa natalina, como algumas frutas, castanhas e principalmente, as carnes, estão mais caras. Especialistas explicam que há vários fatores que impulsionaram os preços, como as enchentes no Rio Grande do Sul, as queimadas na região Centro-Oeste e sobretudo, a desvalorização do real frente ao dólar são os principais.
Para driblar os preços, há alternativas, como fazer substituição de frutas e optar por cortes específicos de carnes. No entanto, a dica de ouro ainda é a velha e boa pesquisa.
O Jornal da Noite conversou com especialistas e consumidores que dão dicas para deixar a conta mais barata sem deixar de preparar uma boa ceia de Natal.
O azeite de oliva e lombo de porco com osso lideram altas, com reajustes de 21,30% e 19,72%, respectivamente. A prévia da cesta de Natal, do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), divulgada nesta terça-feira (19) pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), aponta que 15 itens tradicionais terão um aumento médio de 9,16% este ano.
De acordo com Guilherme Moreira, coordenador do IPC-FIPE, a pesquisa também analisou produtos que, embora não façam parte da cesta de Natal, têm maior consumo nesta época do ano devido à sazonalidade. “Na cesta de Natal estão produtos típicos das cestas prontas, enquanto nos itens de Natal consideramos aqueles que, apesar de não serem típicos, têm consumo ampliado nesta época. Um exemplo é a picanha, que, mesmo fora da cesta tradicional, está presente em churrascos e comemorações”, explica Moreira.
Entre os itens tradicionais, detacam-se o pernil com osso (+17,80) e o filé mignon (+16,87%). Por outro lado, alguns produtos apresentaram queda nos preços, como a farofa, que ficou 7,23% mais barata.