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Produção de laranja registra queda devido às influências climáticas

Safra 2024/2025 de laranja foi reduzida em 16,6 milhões de caixas de 40,8 kgs pelo Fundecitrus

Produção de laranja registra queda devido às influências climáticas
Embrapa

O Fundecitrus divulgou, nesta terça-feira (10) a primeira reestimativa da safra de laranja 2024/2025 do Cinturão Citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudeste Mineiro. De acordo com o levantamento, a produção foi de 215,78 milhões de caixas de 40,8 kg, uma diminuição de 16,6 milhões de caixas, 7% a menos do que o estimado em maio.

A associação afirma que a redução se deve ao menor tamanho dos frutos, por causa do clima quente e seco, já que as condições climáticas previstas em maio para os primeiros quatro meses da safra foram ainda piores, com volume de chuvas 31% inferior ao esperado.

Além disso, as temperaturas elevadas durante o outono e o inverno intensificaram a evapotranspiração, agravando a severidade da seca. As temperaturas mais altas também aceleraram a maturação dos frutos, levando a um ritmo de colheita mais rápido.

Em meados de agosto, cerca de 45% da safra já estava colhida, quando, neste mesmo período a média histórica é de aproximadamente 30%. De acordo com o gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, essa temporada pode ser considerada atípica. Ele diz que a próxima reestimativa vai trazer dados mais precisos sobre a quarta florada.

“O volume da quarta florada é muito mais expressivo nesta safra do que nas anteriores. Nas próximas semanas, vamos fazer
um levantamento de campo para apurar o índice de pegamento e tamanho desses frutos. Esse trabalho é necessário, excepcionalmente nesta safra, porque a quarta florada ainda estava acontecendo em alguns talhões quando a contagem de frutos foi realizada em março e abril deste ano”, comenta Ayres.

Peso dos frutos e taxa de queda

Como o tamanho médio dos frutos diminuiu de 169 gramas para 155 gramas, agora são necessários 264 frutos para compor uma caixa de 40,8 kg, 23 laranjas a mais do que o projetado em maio.

A taxa de queda de frutos está reestimada em 17,10%, índice inferior ao projetado em maio, que era de 18,50%. A antecipação da colheita teve um efeito positivo na redução da taxa de queda, principalmente por diminuir as perdas por greening. A Pesquisa de Estimativa de Safra é realizada pelo Fundecitrus, em parceria com a Markestrat, e professores titulares da FEA-RP/USP e FCAV/Unesp.

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