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Prejuízo das enchentes: Rio Grande do Sul contabiliza perdas de 17 mil colmeias

Federação Agrícola e de Meliponicultura do Rio Grande do Sul registrou prejuízos em 66 municípios com atividade apícola

Prejuízo das enchentes: Rio Grande do Sul contabiliza perdas de 17 mil colmeias
Wenderson Araujo/Trilux/CNA

As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul provocaram perdas de 16,9 mil colmeias no estado em pelo menos 66 cidades. O levantamento foi realizado pela Federação Agrícola e de Meliponicultura do Rio Grande do Sul, em parceria com o Observatório das Abelhas, Embrapa e o Ministério da Agricultura e Pecuária e leva em consideração as mortes de abelhas da espécie Apis melífera e de abelhas sem ferrão. Cada colmeia tem em média 50 mil a 80 mil abelhas.

De acordo com a bióloga Betina Blochtein, as colmeias ficaram submersas ou foram carregadas pelas águas das chuvas. “Muitas áreas foram inundadas pelas águas, que escorreram das partes mais altas, levaram as colmeias ou inundaram os locais, deixaram as colmeias submersas e as abelhas morreram”, destacou. 

No Rio Grande do Sul, segundo a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas, havia em torno de 486 mil colmeias.

A quantidade de abelhas mortas no estado em razão da tragédia climática pode ser muito maior, segundo Betina. A espécie Apis mellifera e abelhas-sem-ferrão foram monitoradas, mas as abelhas que não vivem em colmeia, não sociais, por exemplo, não têm como ser computadas no levantamento.  “Temos na natureza centenas, milhares de espécies de abelhas que a gente não consegue monitorar, e que ninguém viu onde elas estavam quando começou a chuva e ninguém consegue contá-las”. 

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