Uma operação da Polícia Civil do Espírito Santo (PCES) apreendeu 1692 galões de azeites, cerca de 8 mil litros, na semana passada. Apesar de ser rotulado como azeite, as garrafas continham apenas óleo vegetal misto. Os galões estavam rotulados com a marca Anna, porém, este fabricante sequer tinha autorização para comercializar o alimento. É a segunda vez que a marca comete o crime.
“Esses galões foram apreendidos em uma fiscalização conjunta [com o Ministério da Agricultura], pois a marca não tinha autorização para vender azeite e o produto, provavelmente, é um óleo misto. Em 2019, a mesma marca já havia sido flagrada realizando a adulteração de azeite, colocando óleo misturado em garrafas de azeite e vendendo o produto no mercado capixaba”, afirmou o titular da Decon, delegado Eduardo Passamani.
A polícia identificou que o azeite adulterado, comercializado em galões de 5 litros, eram vendidos por distribuidoras e foi distribuído para cerca de 800 bares, restaurantes, lanchonetes e hotéis. Esses estabelecimentos abasteciam os pequenos frascos de azeite utilizados nas mesas dos consumidores. “O produto, que era comercializado de forma irregular, chegou a passar por mais de 800 estabelecimentos comerciais no estado”, ressaltou Passamani.
A análise das amostras do azeite apreendido já foi encaminhada ao Ministério da Agricultura, que verificará se o produto apresenta riscos à saúde do consumidor. Os administradores da empresa responsável pelo produto adulterado responderão por crime contra a relação de consumo.
