Plano Safra pode ter novo recorde no crédito rural, avalia Fávaro

As discussões com a equipe econômica envolvem a ampliação de recursos para comercialização e seguros

Da Redação

Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro
Agência Câmara de Notícias

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse nesta quarta-feira (22), em audiência na Câmara dos Deputados, que o próximo Plano Safra poderá superar o recorde do atual período (2023-2024), quando o crédito rural à disposição dos produtores brasileiros passou de R$ 364,2 bilhões.

“O Plano Safra 2024/25, previsto para o mês que vem, está sendo estruturado para bater um novo recorde”, afirmou o ministro. As discussões com a equipe econômica envolvem a ampliação de recursos para comercialização e seguros. “A taxa básica de juros era de 13,75% ao ano e hoje está em torno de 10,5%, e é óbvio que queremos uma redução proporcional”, continuou Carlos Fávaro. “Mas isso está relacionado às boas práticas que os produtores têm e precisam manter.”

Por sugestão do deputado Vicentinho Júnior (PP-TO), o ministro apresentou nesta quarta-feira (22) as prioridades da pasta para 2024 em audiência pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

Exportações
Durante o debate, o ministro Carlos Fávaro comemorou os resultados financeiros das exportações agropecuárias no ano passado. “Foram US$ 166,5 bilhões, um recorde absoluto, e isso com os preços dos produtos bem achatados”, informou.

Para as carnes, as expectativas continuam positivas. “Continuamos como um dos quatro países sem gripe aviária nos plantéis comerciais, e o Brasil se tornará livre da febre aftosa sem vacinação, a pecuária espera por isso há 50 anos”, disse ele.

“O Japão paga no mínimo 20% a mais do que qualquer país pela carne e hoje não compra do Brasil por causa da febre aftosa”, explicou o ministro. O novo status favorecerá os pecuaristas brasileiros. “Será bom para o Japão e para o Brasil.”

Outros pontos
Segundo o ministro da Agricultura, o atual governo deverá estimular a produção local de fertilizantes e também a diversificação nos locais do cultivo de arroz e feijão, básicos na alimentação, e de milho, insumo para a produção de proteínas.

Estão previstas medidas para renegociação de dívidas dos produtores agrícolas e dos caminhoneiros, grande parte atuando nas safras. Outra iniciativa na área de transportes prevê a recuperação de 8,4 mil quilômetros de estradas vicinais.

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