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O que o agro da Bahia tem? Como o algodão transformou a agricultura na região oeste da Bahia

Chamado de ouro branco, produtores contam como tiveram dificuldades de adaptar a cultura do algodão na região, mas hoje, celebram a cultura

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O algodão chegou à região Oeste da Bahia junto com a soja e este produto transformou a economia e a rotina em cidades como Luis Eduardo Magalhães, Barreiras e São Desidério, por exemplo. Mas, para chegar a se tornar um dos produtos mais importantes da pauta agrícola da Bahia, os produtores tiveram que ‘reaprender’ quase tudo sobre esta cultura.

O produtor rural Celito Breda conta que, quando os primeiros migrantes chegaram à região para investir na agricultura, a ideia era cultivar algodão de fibra longa colhido manualmente, o que gerava um custo de produção enorme. Mas um produtor alagoano chamado Luiz Antonio Cansanção orientou que, naquela região, o ideal seria produzir algodão de fibra curta e a colheita deveria ser mecanizada.

Essa foi a grande virada de chave para que os produtores rurais apostassem na cultura e pudessem, com a prosperidade das primeiras lavouras, investir em tecnologias avançadas que vinham sendo usadas em Mato Grosso. 

O Brasil se tornou em 2023 o maior produtor de algodão do mundo, com 3,7 milhões de toneladas de plumas colhidas. Atualmente, a região Oeste da Bahia, que produziu 1,6 milhão de toneladas em 2023, é a que tem a maior produtividade de algodão do Brasil, em torno de 330 arrobas por hectare. Em 2024, devido aos problemas climáticos, essa média foi reduzida, para 312 arrobas por hectare, o que ainda é alta.

No entanto, apesar do sucesso nas lavouras, as dificuldades logísiticas ainda são um problema na região, como a falta de portos próximos. “Não faz o menor sentido exportarmos algodão da Bahia através do Porto de Santos, em São Paulo”, lamenta o produtor João Carlos Jacobsen.

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