Uma doença que ataca as árvores de citrus está ameaçando a produção de laranjas no Brasil e no mundo. O greening, também conhecido como huanglongbing e HLB, ataca todos os tipos de citros e não há cura para as plantas doentes. A doença é transmitida por uma bactéria transmitidas pelo inseto psilídeo Diaphorina citri. No Brasil, existem cerca de 77,2 milhões de árvores contaminadas, que necessariamente precisam ser exterminadas.

De acordo com o Fundecitrus, a doença já subiu de 24,42%, em 2022, para 38,06% em 2023 em todo cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro. Na Flórida (Estados Unidos), que já foi o maior produtor de laranjas do mundo, a doença já provocou uma queda significativa na produção, de 170 milhões de caixas na safra 2007/2008 para 40 milhões de caixas na safra 2021/2022, mesmo com investimentos de cerca de US$ 2 bilhões no combate à doença.

Nesta semana, o governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (17) a criação de um Comitê Estadual de Combate ao Greening, e entre as principais ações do grupo, estão a aplicação de inseticidas com periodicidade em pomares, escolha adequada da nova região para plantio e a realização de controle de citros não comerciais na região do entorno das propriedades produtivas. Ainda, ressaltaram o registro de moléculas de combate ao greening, junto ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

“É uma cadeia produtiva muito importante para o Estado de São Paulo, vamos montar a estratégia, direcionar as ações e o setor pode contar com o governo, que dará todo o suporte necessário”, ressaltou o governador. 

Atualmente, o estado de São Paulo é o principal produtor mundial de laranjas, exporta cerca de US$ 2 bilhões por ano (suco de laranja) e movimentaUS$ 15 bilhões, com 460 mil hectares, 9.600 propriedades e gera 200 mil empregos.

Entenda o que é Greening

Esse problema fitossanitário afeta gravemente as laranjeiras, causando a queda prematura dos frutos e reduzindo intensamente sua qualidade e, por consequência, sua produção. Sua transmissão se dá através de um vetor, o inseto sugador psilídeo Diaphorina citri, conhecido como “cigarrinha”. O inseto pode vir com a bactéria de outra planta tomada pela doença e, então, contaminar o laranjal saudável. Em alguns casos, também pode ocorrer por meio do enxerto de mudas infectadas. Esse mal não tem cura, por isso fique atento caso uma das árvores do laranjal apresente os sintomas correspondentes.

Como identificar o Greening

O Greening é uma doença que afeta as laranjeiras, provocando a queda prematura dos frutos e reduzindo intensamente sua qualidade e, por consequência, sua produção. A transmissão se dá através de um vetor, o inseto sugador psilídeo Diaphorina citri, também conhecido como “cigarrinha”. 

Esse inseto, que não tem mais de 2 mm, pode vir com a bactéria de outra planta tomada pela doença e, então, contaminar um laranjal saudável, ou também pode contaminar uma árvore através de enxertos de mudas. A doença não tem cura e exige o extermínio da planta.

Quando contaminada, as folhas da laranjeira começam perder a coloração verde e ficam amareladas. Esse processo se chama clorose. Depois, as folhas ficam deformadas, com nervuras mais grossas até caírem.

Os frutos também sofrem, tornando-se pequenos, assimétricos e de qualidade inferior. Eles apresentam cores irregulares na casca, sementes mortas e caem precocemente. O sabor da fruta se torna mais ácido. Esse conjunto de sintomas leva ao declínio progressivo da laranjeira, que pode definhar e chegar ao fim de sua vitalidade.

Se uma planta for contaminada, é imprescindível retirá-la do pomar. Todas as plantas com greening devem ser eliminadas, independentemente da idade. Essa medida é obrigatória por lei, (Portaria Nº 317, de 21 de maio de 2021, seção III, inciso 1º). A multa varia de acordo com o estado brasileiro. O ideal é que, antes da erradicação, o produtor rural pulverize o pomar com bioinseticidas.