Nesta terça-feira (30), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul informou que todas as ações de contenção da doença de Newcastle, que teve um caso no estado confirmado no último dia 17 de julho, foram concluídas em um raio de 10 quilômetros da propriedade rural onde foi identificado o primeiro caso. A Seapi e o Ministério da Agricultura afirmaram que nenhum outro caso da doença foi identificado na região.
As exportações de carne de frango e ovos que haviam sido suspensas, como parte do protocolo sanitário obrigatório, devem ser retomadas nos próximos dias. A medida é tomada sempre que uma doença ameaçadora é detectada em um país.
Em 2023, a Polônia registrou quatro casos de doença de Newcastle após meio século sem registros. A enfermidade tem esse nome porque um grande surto ocorreu na cidade de Newcastle, na Inglaterra há mais de 100 anos.
Veja o que é e quais são os riscos da doença de Newcastle
A doença de Newcastle é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que acomete aves silvestres e comerciais. As aves contaminadas apresentam dificuldades respiratórias, manifestações nervosas, diarreia e até edemas na cabeça, fazendo com que entortem o pescoço.
O vírus que causa a doença pertence à Família Paramyxoviridae: Paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1) e Variante de pombo: Pigeon Paramixovírus - sorotipo 1 (PPMV -1. A transmissão acontece o contato direto das aves e contato com as secreções.
É altamente mortal para aves, mas não é transmitida para os seres humanos. O maior risco é para os animais, já que um surto de doença de Newcastle no país, além de comprometer as exportações, implicaria o risco de sacrifício das aves.
Nesta semana, o Mapa já comunicou à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o fim das investigações de novos casos. Uma força tarefa foi realizada no entorno da propriedade onde um caso foi identificado.