A mistura de biodiesel no óleo diesel nos postos em todo o Brasil passa de 12% a 14% a partir desta sexta-feira (1), conforme definiu o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no final do ano passado. Em março do ano que vem, a mistura passará a 15%.
Segundo a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), o aumento da mistura gradativa de biocombustível ao óleo diesel é uma sinalização do compromisso do colegiado com a previsibilidade e a segurança jurídica para o setor.
O presidente do Conselho Superior da Ubrabio, Juan Diego Ferrés, disse em nota que "o governo entendeu o potencial do biodiesel e reverteu os retrocessos impostos pelo governo anterior. A ampliação da mistura diminui a emissão de gases estufa, estimula a agricultura familiar, gera investimentos vultosos e fortalece nossa balança comercial a partir do aumento do farelo de soja para o mercado de proteína animal".
No Brasil, o biodiesel é feito a partir da soja e outras oleaginosas e sebo animal, principalmente. Segundo o Ministério de Minas e Energia, a demanda por biodiesel deve gerar em torno de 14 mil empregos em 2024 e a medida evitará a importação de 2 bilhões de litros de diesel.
A estimativa é de que a medida poderá reduzir os gastos com importação do derivado fóssil em R$ 7,2 bilhões e reduzir a capacidade ociosa das usinas instaladas. O aumento da demanda de matéria-prima para a produção de biodiesel, principalmente da soja, será de 6 milhões de toneladas do grão até 2025, quando será adotado o B15.