Ministro da agricultura diz que produtores de frango também vão suspender vendas ao Carrefour

Frigoríficos de carnes bovinas parou de entregar carnes nas lojas do grupo

Ministro da agricultura diz que produtores de frango também vão suspender vendas ao Carrefour
Exportação de frangos cresce 6% em 2023
Reprodução/Governo do PR

Os frigoríficos de aves vão aderir à suspensão das entregas de frangos para a rede de lojas do Carrefour no Brasil, acompanhando o movimento iniciado pelos frigoríficos de carnes bovina na última sexta-feira (22). A informação foi divulgada pelo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, à Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira (25).

De acordo com Fávaro, o setor de proteína animal, que agrupa as agroindústrias de carnes de frango, suíno e ovos, vai aderir à suspensão de vendas ao Carrefour até que o grupo faça uma retratação pública e formal aos países do Mercosul. A retaliação é uma resposta à declaração do CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, que na última quarta-feira (20) declarou que as lojas do grupo na França não iriam mais vender produtos produzidos nos países do Mercosul, principalmente carnes. A sua declaração foi feita em apoio aos agricultores locais que estão protestando pelo país contra um possível Acordo Comercial entre a União Europeia e o Mercosul. Fávaro considerou a fala do executivo “um absurdo” e indicou protecionismo.

Nas declarações, o ministro Fávaro ainda ressaltou que a decisão de suspender a entrega de produtos ao Carrefour no Brasil tem o apoio total do Ministério da Agricultura, além das instituições que representam os setores exportadores, como a Abiec (Associação Brasileira de Exportação de Carne Bovina), cujas agroindústrias associadas representam 98% das exportações de carnes do Brasil. No sábado (22), a federação que representa os restaurates e hotéis de São Paulo (Fhoresp) anunciou apoio ao setor do agronegócio e disse que não compraria produtos do Carrefour até uma retratação.

Questionada, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa as agroindústrias do setor de frangos e suínos não comentou o assunto. O ministro citou apenas o setor de frangos e não fez nenhuma menção relacionada aos produtos de origem suína e ovos.

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