Máquinas agrícolas: vendas devem cair 10% em 2024

Vendas de máquinas agrícolas caíram 39,1% em janeiro; veja quantos tratores e colheitadeiras foram vendidas em janeiro

Viviane Taguchi

Máquinas agrícolas: vendas devem cair 10% em 2024
Vendas de colheitadeiras e tratores devem cair
Tony Oliveira/Trilux

As vendas de máquinas agrícolas devem ter queda em torno de 10% neste ano. A projeção foi anunciada nesta quarta-feira (28) pelas principais associações de fabricantes do setor. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontou que a queda deve ser de 11% (na comparação com o ano passado) e a Abimaq, indica uma queda de 10%, na mesma comparação. Se for confirmada, este será o segundo ano consecutivo de redução nas vendas de máquinas agrícolas no Brasil. 

De acordo com os dados da Anfavea, em 2023 foram comercializadas 60.981 unidades de veículos agrícolas e, em 2024, devem ser vendidas 54,3 mil unidades. Somente no mês de janeiro, as vendas do setor caíram 39,1%. A Abimaq apotou que foram vendidas no Brasil 2.137 máquinas - 1891 tratores e 246 colheitadeiras - ante 3.509 em janeiro de 2023. 

A principal razão apontada para a queda foi a quebra de safra provocada pelo clima, influência do El Niño, que fez com que os preços das commodities agrícolas caíssem. Mas, segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, a projeção de crescimento global da economia e do PIB do Brasil, além da queda da taxa de juros e do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), de R$ 1,4 trilhão, podem estimular o setor ainda neste ano.

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, Pedro Estêvão Bastos, acredita que, se houver uma recuperação do setor, ela acontecerá no segundo semestre do ano. “Projetamos 10% de queda num cenário otimista e o número está condicionado a várias coisas. A primeira delas é a segunda safra de milho que, caso o clima seja favorável, pode trazer bons resultados. Outra, é que se espera é um Plano Safra 2024/2025 com juros menores. Mas, se tivermos uma quebra na segunda safra de milho, ou um Plano Safra que não seja robusto, esse número vai piorar”, explicou.

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