As exportações brasileiras de frutas, entre os meses de janeiro a junho deste ano, totalizaram US$ 533,2 milhões e somaram 483,3 mil toneladas, informou o Ministério da Agricultura e Pecuária, nesta terça-feira (25). Mais de 120 países compraram as frutas brasileiras, mas a União Europeia ainda é o principal destino. As projeções do agronegócio para o setor apontaram que, dentre as frutas exportadas, as mangas e os melões devem ser os que mais serão vendidos para o exterior nos próximos dez anos.
As projeções de produção até 2032/2033 mostram que os maiores aumentos de produção também devem ocorrer em melão (28,7%), manga (22,9%), maçã (21,3%) e uva (16,3%).
Os números fazem parte do estudo Projeções do Agronegócio, Brasil 2022/23 a 2032/33, feito pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Veja alguns destaques do estudo:
Melão
De acordo com analistas do setor, o crescimento da produção e da área de melão depende da abertura de novos mercados pelo Brasil. O mercado europeu está bem consolidado e o mercado chinês ainda está em negociação. A produção faz uso de tecnologia, sobretudo, no Rio Grande do Norte e no Ceará.
Manga
Os aumentos recentes de área, podem permitir crescimento da produção, porém espera-se uma interrupção na expansão de área. Quanto às exportações, acredita-se em continuidade do crescimento, mas em ritmo menos intenso que o projetado no modelo.Uva
Os aumentos de área no Vale do São Francisco e também a disponibilidade de variedades produtivas podem aumentar a produção no próximo decênio. Ocorreram aumentos significativos em áreas nas regiões de uva de mesa no Sul e no Sudeste do país.Maçã
A estimativa é de que a área de plantio da maçã seja praticamente estável nos próximos dez anos, mas com ganhos de produtividade decorrente dos constantes investimentos tecnológicos do setor. Há interesse em novas variedades, mais adaptadas e que possam ser mais adensadas. A exportação de maçã depende muito da oferta nacional, dos concorrentes e da demanda dos principais destinos. A tendência é de que cresçam os embarques do produto.
A produção de laranja deverá passar de 16,9 milhões de toneladas na safra 2023 para 17,7 milhões de toneladas em 2032/33. O crescimento anual deve ser por volta de 0,5% no próximo decênio. A área plantada deve sofrer uma redução nos próximos anos, com recuo dos atuais 656 mil hectares para 572 mil hectares. O estado de São Paulo, principal produtor do país, vem reduzindo a área de colheita da laranja.
Já as exportações de suco de laranja devem passar de 2,5 milhões de toneladas, em 2022/23, para 3 milhões de toneladas ao final do período das projeções. Isso representa um aumento de 21,9% na quantidade exportada. O faturamento neste ano (janeiro a junho) foi de US$ 1 bilhão para uma quantidade de 1,3 milhão de toneladas exportadas, com 75,8% na participação mundial.
A participação brasileira no mercado mundial de suco de laranja foi de 49,5% em 2022. As importações mundiais foram de US$ 3,99 bilhões e as exportações brasileiras foram de US$ 1,98 bilhão no mesmo período.