A tapioca está mais cara? Sim e isso está acontecendo em todas as regiões brasileiras. A causa principal é que somente neste ano, a fécula de mandioca, matéria-prima da tapioca, já ficou 59,8% mais cara. Os motivos para isso são vários e começam no campo: baixa rentabilidade para os agricultores, que optaram por investir em outras lavouras e a estiagem, que fez a safra de mandioca cair ainda mais.
Nesta segunda-feira (28), o Cepea informa que o valor médio da raiz de mandioca nas fecularias fechou em R$ 648,74/tonelada na semana passada, uma alta de 3% na comparação com a semana anterior. Os pesquisadores da instituição destacam que esse foi o 20º avanço semanal consecutivo neste ano. Desde meados de maio, quando a média registrou a mínima do ano, a elevação acumulada é de 59,8%. Em 12 meses, a alta é de 8,2%, em termos reais.
Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso aos preços da raiz vinha da demanda fortalecida, mas, recentemente a menor oferta é que tem sido determinante para os aumentos. Neste caso, muitos produtores vêm postergando a colheita da mandioca, sobretudo por conta da rentabilidade, que está limitada, em decorrência das menores produtividade e teor de amido.
Soja em alta
Nesta segunda-feira, o relatório do Cepea também mostra que a firme demanda por soja em grão, sobretudo por parte de indústrias esmagadoras, elevou os preços internos da oleaginosa ao longo da semana passada. A alta também esteve atrelada à retração dos sojicultores, que evitam negociar grandes volumes no spot nacional.
Pesquisadores do Cepea indicam que esses produtores estão com as atenções voltadas às atividades de campo envolvendo a safra 2024/25, que, vale ressaltar, estão em ritmo mais lento que o observado nas últimas temporadas. Assim, os Indicadores ESALQ/BM&FBovespa – Paranaguá e CEPEA/ESALQ – Paraná já operam nos maiores patamares do ano, em termos nominais.
