O projeto de lei nº 1970/2019 que cria uma Política Nacional para manejo sustentável, plantio, extração, consumo, comercialização e transformação do pequi e demais frutos do Cerrado foi sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A assinatura ocorreu no último dia 7 de janeiro.

A nova lei proíbe a derrubada predatória de pequizeiros, exceto quando autorizada pelo órgão competente, e prevê a criação de estímulos para impulsionar a exploração econômica sustentável por comunidades tradicionais. Além de incentivar a plantação de mudas, a iniciativa visa valorizar o agroextrativismo sustentável e dar mais independência econômica para pequenos agricultores. “Não é um projeto bom apenas para quem gosta de comer pequi e preservar o meio ambiente, mas, principalmente, para quem tem esses frutos como uma fonte de renda e modo de vida”, complementou Lula.

Conheça o pequi, fruta típica do Cerrado: “Bão demais”

Nativo do Cerrado, o pequi, fruto do pequizeiro, é muito consumido na Região Centro-Oeste. Possui polpa amarela e macia e é o ingrediente central de vários pratos tradicionais da região como o famoso arroz com pequi ou frango com pequi. Em 2023, a extração de pequi foi de mais de 75 mil toneladas, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estado de Minas Gerais é o maior produtor de pequi do país, seguido de Goiás e Tocantins.

A época de produção dos frutos é de novembro a janeiro. A germinação do pequi pode demorar até um ano, mas menos da metade dos caroços germinam. A polpa do pequi tem o dobro de vitamina C de uma laranja e é rico também em vitaminas A, E e carotenóides.