O Brasil é o país do futebol e do agronegócio. Nesta terça-feira (6), o Instituto Mato-Grossense de Economia Aplicada (Imea), instituição que realiza monitoramento das lavouras em Mato Grosso, divulgou que a área cultivada com milho no Estado, no período da safra 2022/2023, incluindo as duas safras do cereal, deve chegar a 7,42 milhões de hectares, ou seja, quase o tamanho correspondente a 7 milhões de campos de futebol, que oficialmente, mede 1,08 hectare.
O estado de Mato Grosso tem uma área total de 90,3 milhões de hectares. As lavouras de milho ocupam cerca de 8,2% na atual temporada de produção. Em uma área deste tamanho, os analistas de safras do Imea projetaram que produtores rurais de Mato Grosso devem produzir 48,99 milhões de toneladas de milho. Boa parte desse milho deve ser transformado em etanol e cerca de 29,41 milhões de toneladas, deve ser exportados, principalmente para a China.
No 9º levantamento realizado pela instituição, essa área indica um aumento de 3,78% a mais que na safra passada e o crescimento é um reflexo direto da demanda mundial mais aquecida no início da safra. Com a demanda mais forte, o produto teve valorização nos preços internacionais e despertou interesse nos produtores rurais.
De acordo com o monitoramento do Imea, a produtividade das lavouras (quanto cada hectare pode produzir do cereal) deve ser de 110,5 sacas de 60 quilos, 7,65% a mais que na temporada passada. A saca de 60 quilos é a medida padrão utilizada pelo agronegócio para negociar o milho.
O Imea apontou que mais chuvas (e também, melhor distribuídas), ajudaram as lavouras na atual safra porque choveu no período que a lavoura mais precisa de água, o desenvolvimento vegetativo (quando as plantas estão crescendo). Na região médio-norte, a estimativa de rendimento é de 112,56 sacas por hectare, na região sudeste, 111,83 sacas por hectare e oeste com 111,41 sacas por hectare.