Golpe do arroz: fiscais apreendem 18,7 toneladas de arroz que enganava consumidor

O cereal seria destinado para montagens de cestas básicas; mais da metade do arroz já havia sido retirado do mercado

Golpe do arroz: fiscais apreendem 18,7 toneladas de arroz que enganava consumidor
Leilão de arroz foi anulado
Reprodução/Pixabay

Os fiscais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apreenderam 18,7 toneladas de arroz no último fim de semana, em ações realizadas em várias regiões. Na operação, foram recolhidos pacotes de arroz identificado como tipo 1, mas eram, na verdade, arroz tipos 3 e 5, de baixa qualidade, considerado quirera. Boa parte do arroz apreendido já havia sido retirado do mercado em outras operações.

A operação ocorreu em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Ao todo, foram recolhidas 18,7 toneladas de arroz que estavam embalados em sacos de 5 quilos para serem inseridos em cestas de alimentos. Os pacotes foram embalados por empresas localizadas em Colina, na região de Rio Preto, e ainda, por uma empresa localizada no Rio Grande do Sul.

Os lotes estavam classificados como arroz tipo 3 ou “fora de tipo”, uma classificação técnica que indica excesso de grãos quebrados, picados, amarelos e quireras. Os dois lotes traziam nas embalagens “Arroz Tipo 1”, que designa grãos de qualidade superior.

Para ser considerado tipo 1, o limite de grãos quebrados e quireras não poderia passar de 7,5% do peso total. Em um caso, o resultado laboratorial apontou que eles correspondiam a 53,54% do peso total, ou seja, sete vezes o limite estabelecido pela legislação. 

No início de novembro, um caso semelhante aconteceu em uma rede de supermercados de Araraquara (SP), onde 10,5 toneladas de arroz tipo 3 foram apreendidos pelo Mapa. Nas embalagens também constava que eram do tipo 1.

De acordo com o Mapa, os nomes das empresas responsáveis pelo ‘golpe do arroz’ só serão divulgados após o encerramento do processo administrativo. Essas empresas terão que substituir os lotes não conformes de produtos apreendidos por lotes conformes. Aqueles que não estavam classificados corretamente vão retornar às indústrias para reprocesso e reprocessamento em tipo. Essas operações serão acompanhadas por agentes fiscais dos Estados onde as empresas estão estabelecidas.

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