Vídeo: Futuro da Ferrogrão, a ferrovia da soja, será definido na semana que vem

A proposta da ferrovia da soja, que liga Mato Grosso ao Pará, completa 10 anos e há dois anos está paralisado

Da Redação

O Supremo Tribunal Federal (STF) pautou para dia 31 de maio o julgamento que decidirá sobre a retomada da Ferrogrão, ferrovia que pretende ligar Mato Grosso e Pará. O caso está sendo discutido através de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) proposta pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Há pouco mais de dois anos, uma decisão liminar do ministro Alexandre de Moraes, que relata o processo, suspendeu a eficácia da Lei Federal nº 13.452/2017, que alterava limites do Parque Nacional do Jamanxim para instalação da ferrovia em áreas a serem excluídas da unidade de conservação localizada no Pará.

Na ação, o PSOL argumentou que, para alteração e supressão de áreas das unidades de conservação é necessária a promulgação de lei em sentido formal. Para o partido, o Parque Nacional do Jamanxim é um patrimônio cultural imaterial. A alteração de seus limites, com a destinação da área suprimida aos leitos e às faixas de domínio da Estrada de Ferro Ferrogrão e da BR-163 por meio de MP violaria, assim, as normas constitucionais que protegem o patrimônio cultural (artigo 216) e, por afetarem direta e indiretamente os povos indígenas da região, contraria a regra do artigo 231. O mérito da ADI será julgado pelos ministros na próxima semana.

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