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Fogo destruiu 231 mil hectares de lavouras de cana em São Paulo, aponta Unica

Informações referem-se apenas às áreas queimadas no interior de São Paulo

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Incêndios em São Paulo (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)

Um levantamento parcial feito pela União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) apontou que pelo menos 231, 8 mil hectares de lavouras de cana-de-açúcar foram atingidos pelos incêndios no estado de São Paulo na segunda quinzena de agosto. Dessa área total, 132,04 mil hectares eram lavouras que ainda seriam colhidas e a área restante, 99,79 mil hectares, em áreas onde as plantas já haviam sido cortadas ou eram áreas recém-plantadas, chamadas de “cana-planta”.

“Os prejuízos associados à queima são diversos. Nas áreas em que a cana já havia sido colhida, o fogo pode exigir a necessidade de nova condução de tratos culturais, com suplementação de fertilizantes, pulverização foliar e aplicação de herbicidas, além do risco de não rebrota e o consequente replantio de parte da lavoura. Nas áreas onde a cana ainda seria colhida, o impacto dos incêndios pode incorporar a perda de qualidade da matéria-prima, a alteração do cronograma de colheita das usinas e a impossibilidade de processamento nos locais onde a colheita não pode ser realizada em tempo hábil para evitar maior degradação da cana-de-açúcar queimada”, explica Luciano Rodrigues, diretor da Unica. 

Esse cenário, segundo ele, deve ampliar a dificuldade para a fabricação de açúcar e intensificar a queda de rendimento agrícola da lavoura.

Nesta quinta-feira (12), a Única divulgou os números da safra 2024 de cana-de-açúcar. Na segunda quinzena de agosto, as unidades produtoras da região Centro-Sul processaram 45,07 milhões de toneladas ante a 46,58 milhões da safra 2023/2024 – queda de 3,25%. No acumulado desde o início da safra 2024/2025 até 1º de setembro, a moagem atingiu 422,61 milhões de toneladas, ante 406,64 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2023/2024 – um avanço de 3,93%.

A produção de açúcar na segunda quinzena de agosto totalizou 3,26 milhões de toneladas, registrando queda de 6,02% na comparação com a quantidade observada em igual período na safra 2023/2024 (3,47 milhões de toneladas). No acumulado desde o início da safra até 1º de setembro, a fabricação do adoçante totalizou 27,17 milhões de toneladas, contra 26,15 milhões de toneladas do ciclo anterior (+3,90%).

Já a fabricação de etanol pelas unidades do Centro-Sul na segunda metade de agosto atingiu 2,45 bilhões de litros, sendo 1,56 bilhão de litros (+10,27%) de etanol hidratado e 888,93 milhões de litros (-0,14%) de etanol anidro. No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 1º de setembro, a fabricação do biocombustível totalizou 20,46 bilhões de litros (+7,14%), sendo 13,0 bilhões de etanol hidratado (+16,34%) e 7,46 bilhões de anidro (-5,84%).

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