Finlândia vai vacinar humanos contra gripe aviária

Gripe aviária preocupa autoridades sanitárias em todos os países; no Brasil o vírus foi identificado apenas em aves selvagens e mamíferos aquáticos

Por Viviane Taguchi

Finlândia vai vacinar humanos contra gripe aviária
Vacina Covid-19
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Instituto Finlandês de Saúde e Bem-Estar (THL, na sigla em finlandês) informou nesta quarta-feira (26) que adquiriu um lote de 20 mil doses de vacina contra a gripe aviária. A meta é imunizar 10 mil pessoas com duas doses da vacina. A compra foi realizada em conjunto com a União Europeia, que adquiriu 40 mil doses para ser distribuídas em 15 Nações.

A vacina contra a gripe aviária utilizada tem como foco o vírus H5N8 e foi desenvolvida para combater o subtipo viral H5. O produto recebeu a autorização da União Europeia em abril deste ano.

De acordo com o THL, a vacinação priorizará pessoas maiores de 18 anos que têm maior risco de infecção, pessoas que tem contato com animais de produção em fazendas de peles, atividade tradicional no país, manejo, médicos veterinários, e trabalhadores de laboratórios que têm qualquer contato com o vírus da gripe aviária. 

Na Finlândia, não há registros de casos de infecção de pessoas com o vírus da gripe aviária e, segundo o THL, o objetivo é evitar a disseminação do vírus, principalmente entre animais como raposas e visons. Em 2023, a Finlândia sacrificou 485 mil animais para evitar um surto da doença. 

A cepa H5N1 da gripe aviária matou ou causou o abate de centenas de milhões de aves em todo o mundo e já contaminou mamíferos como animais marinhos e bovinos, como vacas leiteiras nos Estados Unidos. No México, um homem morreu em decorrência da gripe aviária no início de junho. 

A doença está presente no Brasil, em aves selvagens e animais aquáticos. O país já registrou 166 casos da doença em aves selvagens, 5 em mamíferos aquáticos e 3 casos em aves de subsistência (galinhas caipiras), mas nenhum caso da doença foi identificado em granjas comerciais e a doença não alterou o status comercial internacional do Brasil.

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