Ferrugem asiática é confirmada em São Paulo e põe o setor em alerta

Notificações aconteceram nas cidades de Itaberá e Itapetininga

Ferrugem asiática é confirmada em São Paulo e põe o setor em alerta
A Ferrugem Asiática é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi
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Dois casos de ferrugem asiática, doença que atinge lavouras de soja, foi identificada no estado de São Paulo. As ocorrências foram confirmadas em lavouras comerciais nas cidades de Itaberá e Itapetininga por técnicos das empresas Sipcam Nichino e G12 Agro, de acordo com a Embrapa Soja. 

De acordo com a pesquisadora Claudia Godoy, da Embrapa Soja, o aparecimento da ferrugem asiática entre o final de novembro e início de dezembro é considerado habitual. Apesar disso, a doença ainda é uma ameaça e exige atenção contínua dos sojicultores. "As doenças da soja são um dos principais fatores que limitam o potencial de produtividade do grão", afirma a especialista.

Atualmente, mais de 40 doenças causadas por fungos, bactérias, nematoides e vírus já foram identificadas no Brasil, e a relevância econômica de cada uma varia de acordo com a região e as condições climáticas de cada safra.

A ferrugem-asiática é favorecida por condições climáticas específicas, como alta umidade e temperaturas moderadas, características comuns no início da temporada de chuvas. Essas condições permitem que os esporos do fungo Phakopsora pachyrhizi, causador da doença, espalhem-se rapidamente, afetando grandes áreas de cultivo em um curto período.

O manejo da ferrugem depende da combinação de estratégias, incluindo o uso de cultivares resistentes, o monitoramento constante das lavouras e a aplicação preventiva de fungicidas. "É fundamental que os produtores mantenham-se atualizados sobre as melhores práticas de manejo e controle químico para minimizar os impactos da ferrugem", orienta Godoy.

A ferrugem-asiática é considerada uma das doenças mais devastadoras para a soja devido à sua capacidade de reduzir drasticamente a produtividade. Em infestações severas, as perdas podem ultrapassar 80%, tornando imprescindível o manejo integrado. Além disso, a evolução do fungo tem desafiado o controle químico, com casos de resistência a princípios ativos em algumas regiões. Isso reforça a importância de uma abordagem integrada, que combina métodos culturais, genéticos e químicos para enfrentar a doença.

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