Feijão gaúcho: após 10 anos de pesquisas, RS registra nova variedade do alimento

O feijão preto é o tipo mais consumido no Rio Grande do Sul e a variedade já mostrou ser mais produtiva

Da Redação

Feijão gaúcho: após 10 anos de pesquisas, RS registra nova variedade do alimento
Nova variedade de feijão preto, chamado RSGaúcho, foi registrado no Mapa
Seapi/RS

Depois de 10 anos de estudos no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa da Agricultura Familiar (Ceafa) do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) registrou recentemente uma nova cultivar de feijão no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o RS GAÚCHO. O nome é uma homenagem ao povo rio-grandense. A nova cultivar pertence ao grupo comercial preto, o mais consumido no Rio Grande do Sul.

De acordo com o coordenador do estudo, pesquisador Juliano Bertoldo, a cultivar é uma melhoria em relação a outras cultivares, como a FEPAGRO 26 e FEPAGRO TRIUNFO. “A produtividade média apresentada pela cultivar RS GAÚCHO (2308 Kg por hectare) é superior à média nacional (1.110 Kg por hectare) e estadual (1.484 Kg por hectare) em cerca de 60% e em cerca de 6% no rendimento de grãos em relação à média de testemunhas comerciais bastante produtivas”, explica Bertoldo. “Além disso, o potencial produtivo foi acima de 3.000 Kg por hectare, obtido em algumas regiões e nas condições em que foi avaliado”, acrescenta.

Ele destaca que, além da elevada produtividade, por apresentar porte mais ereto, pode ser uma excelente opção de renda aos agricultores. “Seu cultivo é indicado para os diversos sistemas de cultivo preconizados pela pesquisa oficial para a cultura do feijão no Rio Grande do Sul, nos períodos de safra e safrinha, em lavouras de sequeiro ou irrigadas, em plantio direto ou convencional, solteiro ou consorciado, convencionais ou orgânicos”, pontua Bertoldo.

As próximas fases são de inserção no zoneamento agrícola de risco climático e a multiplicação de sementes, sendo comercializadas a partir de 2024 sob demanda. Além disso, a expectativa na Secretaria é que esse ano ainda seja submetida ao registro outra cultivar do grupo comercial carioca.

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