O faturamento do setor de máquinas e equipamentos agrícolas deve cair 25% em 2024 e chegar a R$ 56 bilhões. No ano passado, o segmento encerrou o ano com um R$ 74 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).
Pedro Estevão, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA) da Abimaq, diz que o setor já aguardava uma queda neste ano e, de acordo com ele, há alguns fatores que indicavam essa movimentação. “Os investimentos dos produtores [em máquinas] acompanham a variação de preços das commoditties, principalmente a soja. Quando o preço sobe, aumentam os investimentos e quando cai, ocorre o contrário”, disse Estevão, ao Agro Band desta terça-feira (8).
Segundo ele, outros fatores são a menor rentabilidade do setor em 2024, que se deve uma área de produção estável no país após uma “expansão violenta” entre 2019 e 2023, que incorporou 15 milhões de hectares de plantio no país. Outro fator que ele cita é a estiagem que surpreendeu os produtores rurais, elevando ainda mais os custos de produção.
Apesar da queda esperada no faturamento, os fabricantes de máquinas e equipamentos agrícolas estão otimistas com um crescimento projetado de 8,2% no faturamento do setor em 2025, segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). “Estamos começando a retornar a um nível normal, especialmente após a queda que enfrentamos nos últimos anos”, diz Estevão.
O Agro Band desta terça-feira (8) foi até uma propriedade rural, nos arredores da capital federal e mostra, como o uso das máquinas é fundamental para a rotina do agro, seja em uma grande, média ou pequena propriedade rural.