O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou que vai investir US$ 1 bilhão para conter o surto de gripe aviária no país. A informação foi confirmada pela secretária de agricultura dos EUA, Brooke Rollins. A doença já provocou a morte de milhões de animais no país, entre aves e mamíferos, e uma pessoa morreu. Apenas em granjas de ovos, 15 milhões de galinhas foram sacrificadas, o que gerou uma crise na oferta de ovos no país.
De acordo com o comunicado, além de reforço em medidas sanitárias, os recursos vão ser aplicados também na indústria avícola. Nos Estados Unidos, o preço dos ovos já subiu cerca de 20% desde o início do surto em granjas, em janeiro.
O USDA afirma que o combate à doença terá cinco frentes de combate, como a destinação de US$ 500 milhões para medidas de biossegurança, com o estabelecimento de protocolos mais rígidos em granjas, US$ 400 milhões para ajuda financeira a produtores e criadores afetados e US$ 100 milhões para pesquisas por uma vacina.
Recentemente, a Elanco, empresa de saúde animal, firmou acordo com os EUA para vender vacina contra gripe aviária em gado leiteiro. Já a Zoetis, outra companhia do mesmo segmento, recebeu do USDA aval para vender o imunizante para ser aplicado em galinhas. O Instituto Butantan também está pesquisando uma vacina para a doença.
No Brasil, a gripe aviária está controlada, e não há casos em granjas comerciais. No total, desde o início do surto mundial da doença, o país registrou 166 casos de gripe aviária em aves migratórias silvestres, mamíferos aquáticos no Rio Grande do Sul e três aves caipiras.