Empresa do Japão paga R$ 84,7 mil por uma saca de café brasileiro

Leilão de cafés especiais do Brasil teve média de R$ 18 mil por saca de café

Amostras no Cup of Excellence 2024
BSCA

Uma empresa japonesa pagou R$ 84,7 mil por saca de café brasileiro no leilão dos cafés vencedores do Cup of Excellence 2024 que aconteceu nesta quinta-feira (19). A Wataru & Co., Ltd. arrematou um lote do café produzido pela M&F Coffee que passou por fermentação induzida. O pregão teve 4.790 lances durante nove horas.

De acordo com a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), o leilão registrou o maior preço médio em 25 anos: US$ 24,90 por libra-peso, o que equivale a US$ 3.293,77, ou *R$ 20.078,83, por saca de 60 kg. Com essa cotação, a venda de todos os lotes do concurso rendeu um total de US$ 312.101,75, ou *R$ 1,219 milhão.

O Cup of Excellence é o principal concurso de qualidade do mundo para café e é realizado no país pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), dentro do projeto "Brazil. The Coffee Nation".

De acordo com Vinicius Estrela, diretor executivo da BSCA, o resultado do leilão evidencia um dos focos de atuação da entidade com a realização do concurso, que é apresentar ao mundo a excelência dos mais diversos cafés produzidos no Brasil. "O maior preço médio da história demonstra que todos os nossos vencedores são cafés excepcionais e que encantam e agradam aos mais exigentes paladares em todo o mundo, o que gerou essa disputa acirrada por cada lote e gerou uma arrecadação total que superou a casa do milhão de reais", comenta.

Ao final do leilão, os 27 lotes vencedores do Cup of Excellence 2024 foram adquiridos por, pelo menos, US$ 15 por libra-peso, o que implica que o preço mínimo foi de US$ 1.984,20, ou *R$ 12.095,68, por saca. Esses melhores cafés especiais da safra deste ano do Brasil foram comercializados com 22 empresas, originárias da Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Brasil, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Hong Kong, Japão, Malásia, Qatar e Reino Unido.

"Ou seja, nossos cafés agraciarão o paladar das mais diversas nações, que representam Europa, Oriente Médio, Oceania, Ásia e as Américas do Sul e do Norte. Esse é o exemplo da diversidade e da qualidade que entregamos a todo o mundo, com sustentabilidade e origem reconhecida", comemora Estrela.

Veja quais são os mais valorizados

O café arrematado pela empresa japonesa foi o que obteve o maior lance, R$ 84,7 mil por saca. Outros cafés que alcançaram valores mais altos foram o café produzido na Fazenda Sobro de Cima, campeão da categoria Via Úmida (cereja descascado, despolpado ou desmucilado), que foi comprado por US$ 7.950,02 (*R$ 48.463,37) por saca, pela empresa Orange Brown Import and Export Ltd., do Canadá.

Já o lote campeão da categoria Natural (café seco e colhido com casca), do Sítio Santa Luzia, foi adquirido pela australiana - com atuação também nos Estados Unidos - Proud Mary, por US$ 7.301,86, ou *R$ 44.512,11, por saca.

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