As agroindústrias do setor de avicultura no Brasil vão encerrar o ano com números inéditos de produção e tudo indica que no ano que vem, mais frango serão produzidos no Brasil. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (12) pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
De acordo com a ABPA, em 2024 serão produzidas 15 milhões de toneladas, volume que é 1,1% maior que a produção de 2023. “A cada 10 frangos produzidos em algum lugar do mundo, 4 são brasileiros”, diz Ricardo Santin, presidente da instituição. Segundo ele, deste total, 9,7 milhões de toneladas de carne de frango ficaram no Brasil e as exportações de frangos neste ano devem totalizar 5,3 milhões de toneladas. “O mercado interno é prioridade, nunca faltará frango para os brasileiros”, diz.
Em 2024, o brasileiro consumiu, em média, 45,6 quilos de carne de frangos, 1,1% a mais que no ano passado, quando o consumo chegou a 45,1 quilos por pessoa. “Com os focos registrados de Gripe Aviária em aves silvestres e de um caso único de Doença de NewCastle [no Rio Grande do Sul] as agroindústrias reforçaram investimentos em sanidade e provou para o mercado que é seguro comer frango”.
Segundo Santin, a gripe aviária sofreu tantas mutações, com mais variantes, que nem poderia mais ser considerada “aviária”, mas sim, gripe H5N1 apenas. “Está voltando com força na Europa, neste início do inverno europeu e essas condições mexem com o Brasil também, mas com o reforço da seguridade e aumento da demanda por frangos brasileiros”.
Para 2025, o setor projeta produzir até 15,3 milhões de toneladas, o que seria 2,7% acima da produçaõ atual, o que colocaria no mercado brasileiro mais 9,9 milhões de toneladas de carnes de frango. O consumo, per capita, é estimado no Brasil em 46,6 quilos por pessoa e as exportações, devem aumentar também, chegando a 5,4 milhões de toneladas.
“O quadro econômico brasileiro deverá manter sustentado o consumo de carne de frango no Brasil, apoiados pela manutenção da competitividade do setor. Já no cenário externo, são esperadas novas aberturas de mercados na América Central e em países da África, além do reforço dos embarques para outras nações da América Latina e Ásia, o que deve ampliar a diversificação de destinos para os nossos produtos”, avalia Santin.