Divisão agrícola da Embraer aumenta 18% em 2023

Companhia produziu 1600 aeronaves agrícolas do modelo Ipanema e é líder em aviões de pulverização

Da Redação

Divisão agrícola da Embraer aumenta 18% em 2023
Aeronave Ipanema é utilizada há cinco décadas pelo agronegócio
Divulgação/Embraer

A Embraer divulgou, nesta segunda-feira (15), que em 2023 aumentou em 18% o número das aeronaves agrícolas fabricadas. Durante o ano, foram 65 aeronaves Ipanema entregues ao setor. A companhia atingiu a marca história de 1600 unidades produzidas em cinco décadas. Ipanema nunca teve sua produção interrompida pela companhia. 

"Desde o lançamento da nova versão do modelo EMB-203 em 2020, a empresa tem registrado crescimento contínuo nas vendas e planeja aumentar a produção para 70 aeronaves este ano", informou a empresa, em um comunicado.

"O agronegócio tem um significativo impacto positivo para Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e estamos muito satisfeitos em ver como o Ipanema tem contribuído para a alta produtividade, eficiência e sustentabilidade do setor", disse na nota o gerente do Programa Ipanema da Embraer, Sany Onofre.

Líder do mercado nacional de pulverização aérea, o Ipanema apresenta inovações e aprimoramentos que elevam a robustez a um baixo custo operacional e de emissões de carbono, afirmou a Embraer. O Ipanema é o único avião agrícola certificado e produzido em série para voar a etanol, uma fonte de energia renovável e que proporciona aumento de potência do motor da aeronave.

Aviação agrícola no Brasil

A aviação agrícola foi inventada pelo agente florestal alemão Alfred Zimmermann em 1911, mas sua aplicação comercial ocorreu em 1921, nos Estados Unidos. Nesse tempo, os inseticidas eram lançados manualmente do avião por um segundo tripulante. No Brasil, o primeiro uso dessa técnica foi registrado em 1947, em fazendas de Pelotas (RS) que sofriam com ataques de gafanhotos.

A profissionalização da aviação agrícola no Brasil começou em 1967, quando foi formada a primeira turma de pilotos agrícolas, na Fazenda Ipanema, em Sorocaba (SP).

O desenvolvimento da aeronave Ipanema teve início em 1968. O projeto nasceu no Centro Técnico Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos (SP), e foi assumido pela Embraer, criada em 1969. As primeiras unidades do avião chegaram ao mercado em 1973. A Ipanema é o produto mais longevo da Embraer.

De acordo com a fabricante, as culturas que mais utilizam aviões pulverizadores no Brasil são as de algodão, cana de açúcar, soja e milho. Já as regiões do país com maior demanda por aeronaves desse tipo são, pela ordem, o Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo.

O Ipanema também pode ser aplicado em funções como disseminação de sementes (para reflorestamento), combate primário a incêndios, povoamento de rios (espalhando alevinos) e até mesmo nucleação de nuvens para criar chuvas artificiais.

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