Nesta sexta-feira (13), o Brasil celebra o Dia Nacional da Cachaça, data que marca a liberação da produção e comercialização da bebida em 1661. A cachaça, originalmente brasileira, conquistou a coquetelaria internacional, sendo reconhecida como um símbolo nacional. Atualmente, sua produção é regulamentada por lei e segue rigorosos padrões de qualidade.
No Brasil, o processo de fiscalização conduzido pelos auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs) garante que cada garrafa chegue ao consumidor dentro dos requisitos legais de identidade e qualidade. Esses profissionais, ligados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), desempenham um papel crucial na proteção do consumidor e na manutenção da autenticidade da bebida.
José Antônio Simon, AFFA na área de bebidas, garante a retirada do mercado a partir da identificação dos produtos fraudulentos. “A nossa fiscalização abrange desde o registro dos estabelecimentos e produtos até o controle da qualidade nas fases de produção e comercialização. No caso da cachaça, por exemplo, seguimos o padrão de identidade e qualidade (PIQ), que envolve a verificação do teor alcoólico e do coeficiente de congêneres – que se refere à quantidade de compostos químicos além do etanol em bebidas alcoólicas”
Com uma capacidade de produção que pode alcançar até 1,2 bilhão de litros anuais, o Brasil se destaca não apenas pelo volume. Em 2023, foram produzidos cerca de 226 milhões de litros, com o Sudeste, especialmente Minas Gerais, concentrando a maior parte dessa produção. As exportações brasileiras de cachaça também atingiram um marco importante em 2023, superando 20 milhões de dólares.
Uma das formas mais eficazes de evitar o consumo de produtos adulterados é optar por aqueles provenientes de empresas devidamente registradas, que possuem responsáveis técnicos. Isso assegura que o produto é controlado em todas as etapas, desde a produção pela empresa até a fiscalização estatal, realizada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)”, completa José Antônio.