Preço do trigo disparou após Guerra na Ucrânia e pãozinho está caro. Assista

Ucrânia e Rússia são grandes exportadores do cereal, mas problemas climáticos no Canadá e Estados Unidos também interferiram

Viviane Taguchi

Hoje, 22 de março, é comemorado o Dia do Pão. Feito com trigo, água e sal, o alimento conquistou os brasileiros e há até aqueles que não conseguem começar o dia sem o pãozinho com café. Os preços, porém, dispararam e isso se deve a alguns fatores geopolíticos, como principalmente a Guerra na Ucrânia, além de instabilidades climáticas ocorridas nas safras de outros grandes produtores do cereal, como o Canadá e os Estados Unidos e Argentina Com pouco cereal no mercado internacional, os preços subiram.

Após a invasão da Rússia na Ucrânia, com portos bloqueados e inúmeras áreas de produção bombardeadas, o preço do trigo atingiu um pico de mais de 430 euros por tonelada no mercado mundial em maio de 2022. As cotações começaram a cair para pouco menos de 300 euros a tonelada se mantiveram assim até o fim do ano. Agora, com a entrada de outras safras,  o valor aproxima-se assim do preço de antes da guerra, quando o grão era comercializado por 275 euros a tonelada. Mas as quedas ainda não refletem no bolso do consumidor.

Nas Américas, instabilidades climáticas atingiram o segundo maior produtor de trigo, o Canadá, e o terceiro, os Estados Unidos. Outro grande produtor, a Argentina, também enfrenta estiagem severa.

Safra no Brasil - A notícia boa é que a safra de trigo no Brasil aumentou e, no ano passado, chegou a 10,3 milhões de toneladas. Este foi um aumento de 35% em relação à safra 2021/2022,com a produção total foi de 7,7 milhões de toneladas. A demanda interna brasileira gira em torno de 13 milhões de toneladas, por isso, o país ainda precisa importar o cereal. O maior fornecedor de trigo para o Brasil é a Argentina, mas o preço do cereal varia conforme o mercado internacional.

No Brasil, o Paraná é o maior produtor de trigo, seguido do Rio Grande do Sul. Nos últimos anos, porém, os estados de São Paulo vem aumentando a produção e as regiões do Cerrado e Nordeste estão plantando trigo com variedades adaptadas ao bioma. 

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