O Queijo Minas Artesanal se tornou um patrimônio da humanidade pela Unesco no início de dezembro. A inclusão do alimento na lista vai um pouco além do alimento em si e envolve todo o jeito de fazer, as características culturais e até a paisagem de Minas Gerais.
O queijo Minas Artesanal já era um patrimônio cultural do Brasil. O registro do modo artesanal de fazer queijo de Minas como patrimônio cultural brasileiro partiu de uma demanda dos produtores locais, quando, em 2001, saiu uma determinação de que o queijo artesanal a se enquadrasse à legislação sanitária. No mesmo ano, o pedido de registro foi entregue ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pela Secretaria de Cultura de Minas Gerais, em conjunto com a Associação de Amigos do Serro (AASER).
Agora, ele se tornou patrimônio da humanidade! Veja como é produzido este queijo. O Agro Band desta quarta-feira, 25 de dezembro, foi até Minas conversar com especialsitas para mostrar como esta iguaria é produzida.
Fazer e comer queijo são parte do modo de ser mineiro. A produção artesanal de queijos de leite cru é uma atividade tradicional, enraizada no cotidiano de fazendas e sítios de Minas Gerais, e remete ao processo de ocupação desse território, durante os séculos XVII e XVIII.
A produção do Queijo Minas Artesanal é feita com leite cru, é reproduzida há três séculos, e é uma importante atividade econômica para a agricultura familiar em várias regiões de Minas Gerais.
A forma de fazer a iguaria é toda manual, sem nenhum processo mecânico, como uma forma de preservar o sabor de produção desenvolvido por pequenos produtores rurais do estado. De acordo com os especialistas, o queijo só pode ser produzido nas propriedades, o leite não pode nem sair de lá, esquentado ou sofrer alterações.