A Comissão de Educação do Senado Federal discutiu, na última terça-feira (17) o teor dos livros didáticos que, na maioria das vezes, trazem menções negativas sobre o agronegócio. De acordo com o Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP), os livros que são lidos nas salas de aulas citam o agronegócio de forma negativa em 60% das vezes em que o setor é mencionado.
Especialistas em livros didáticos dizem que os conteúdos são desatualizados, inverídicos e, na maioria das vezes, não se baseiam em dados científicos. O senador Zequinha Marinho (Podemos/PA) diz que isso não pode ser permitido. “A educação não pode ser utilizada para financiar militância política dentro de escolas, pública ou privadas”, afirma.
A pesquisa da USP foi encomendada pela Associação “De olho no material escolar”. Para a diretora da instituição, estes livros fazem os alunos a se posicionarem de forma errada. “Infelizmente, temos uma população que acaba crescendo com um certo ranço do setor, sem saber por quê”, diz Samanta Pineda.
Em janeiro, a comissão vai cobrar posicionamentos do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público Federal.