Os consumidores ingleses estão sofrendo com a inflação alta que atinge a economia. Em março, a inflação dos alimentos na Inglaterra chegou a 18% e isso está refletindo diretamente no preço dos alimentos frescos em redes varejistas. Em um ano, as compras no supermercado para uma família de quatro pessoas aumentou cerca de R$ 165. O gasto medio é de R$ 900.
Diante dessa situação, os hábitos de consumo no Reino Unido estão mudando: os consumidores estão trocando os alimentos frescos por alimentos congelados e as lojas desse setor estão se multiplicando e as consequências para a saúde preocupam, já que o valor nutritivo dos alimentos, cai drasticamente.
Com apenas 10 libras - em torno de R$ 60 - é possível comprar uma pizza grande, um quilo de batata, dois frangos fritos e dois peixes fritos. Com o mesmo valor, em outra loja, não é possível comprar um bife de alcatra fresco com legumes, também frescos.
Na semana passada, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, participou de reunião de trabalho com a secretária de Estado de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido, Thérèse Coffey. No encontro, encontro, foram tratadas as propostas de abertura de novos mercados para os produtos brasileiros, em especial as proteínas animais.
O Reino Unido importa quase 50% dos alimentos e bebidas que consome, o Brasil tem claro potencial para aumentar sua participação como exportador de produtos agropecuários ao mercado britânico. No ano passado, as exportações do agronegócio brasileiro para o Reino Unido cresceram 37,9% em valor.