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Clima no Brasil nos próximos três meses vai massa de ar polar ao calor extremo

Região sul pode ter chuvas acima da média até o fim do ano enquanto a região central do Brasil deve ter calor extremo e seca

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Seagri/SC

O clima no Brasil nos próximos meses poderá ser de extremos, é o que indica a previsão do Boletim Agrometeorológico do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), órgão ligado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Os meteorologistas apontam que o Brasil, em diferentes regiões, pode ter períodos de chuva e seca, frio e (muito) calor.

Às vésperas do plantio da safra de verão (o plantio da soja foi liberado no dia 7 de setembro nas principais regiões produtoras como Mato Grosso e Paraná), os próximos meses indicam que os agricultores terão uma safra com muitos desafios climáticos: chuvas acima da média na região sul e estiagem e calor extremo na região central do Brasil. 

Região Sul poderá ter chuvas e massa de ar polar

A previsão do Inmet mostra que os estados da região Sul podem ter chuvas acima da média em grande parte dos três estados. Em algumas áreas da região do Paraná, a previsão indica precipitações próximas à média. A temperatura do ar deve ficar acima da média em grande parte do sul, mas principalmente no Paraná, oeste de Santa Catarina e Noroeste do Rio Grande do Sul. Mas os meteorologistas não descartam eventuais incursões de massas de ar de origem polar, principalmente neste mês de setembro.

Esse fenômeno pode provocar queda de temperaturas durante alguns dias, com a ocorrência de geadas em algumas localidades, especialmente naquelas regiões de maior altitude.

A previsão do balanço hídrico para os próximos meses indica níveis de umidade no solo elevados em grande parte da Região Sul, devido às chuvas ocorridas nos últimos meses. Já no noroeste do Paraná podem ocorrer níveis mais baixos de umidade no solo, principalmente em setembro. Nos três estados, o plantio de soja e milho da safra de verão também já estará liberado. 

Estiagem e calor 

Na região Sudeste, a previsão para os últimos três meses de 2024 indica predomínio de chuvas abaixo da média em grande parte da área, exceto no sudeste de São Paulo, onde a ocorrência de chuvas ligeiramente acima da média pode ocorrer devido a passagem de frentes frias.

As temperaturas tendem a permanecer acima da média histórica nos próximos meses, principalmente no oeste de Minas Gerais e norte de São Paulo em setembro.

Por isso, a tendência é de de redução do armazenamento hídrico do solo em grande parte da região nos próximos meses, exceto em novembro, quando a tendência é de elevação dos níveis de umidade do solo.

Mato Grosso seco

A região central do Brasil está atravessando um período muito seco desde maio deste ano e deve continuar. Para os próximos meses, a previsão indica a persistência de chuvas abaixo da média em toda área, com tendência de diminuição da umidade relativa do ar nos próximos meses, com valores diários que podem ficar abaixo de 30% e picos mínimos abaixo de 20%. Mas, há possibilidade do retorno gradual da chuva a partir de outubro e início de novembro.

As previsões indicam que as temperaturas devem ser acima da média climatológica nos próximos meses, com possibilidade de ocorrência de alguns dias de excesso de calor em algumas áreas devido a permanência de massas de ar seco e quente sobre a região, o que favorece a ocorrência de queimadas e incêndios florestais.

É comum o registro de temperaturas máximas elevadas nos meses de setembro e outubro.

Com a redução das chuvas e a elevação das temperaturas nos próximos meses, prevê-se uma redução dos níveis de água no solo em praticamente toda a região nos próximos três meses, exceto no mês de novembro, onde o retorno das chuvas pode elevar os níveis de água no solo.

Região norte com solos secos

A previsão climática indica predomínio de chuvas abaixo da média nos próximos meses. Mas não se descartam a ocorrência de chuvas pontuais na região oeste, que podem ocorrer a partir de outubro e início de novembro.

A temperatura média do ar deverá prevalecer acima da média em toda a região. Com isso, há possibilidade de temperaturas mais elevadas no leste do Amazonas e centro-sul do Pará, devido a redução das chuvas, que aliada à baixa umidade relativa do ar, favorecem a incidência de queimadas e incêndios florestais.

A previsão indica baixos níveis de umidade no solo em grande parte da região nos meses de setembro e outubro. Para novembro, são previstos níveis mais elevados de água no solo, exceto no nordeste da região amazônica, onde os níveis ainda permanecerão mais baixos.

Seca, calor e baixos níveis de umidade nos solos

Para a região Nordeste, o Inmet indica chuvas abaixo da média climatológica no Nordeste. Para a faixa leste da Região, a previsão é de volumes próximos à média, lembrando que a partir de agosto tem-se o fim do período chuvoso. Portanto, nos próximos meses os volumes previstos serão mais baixos nesta área.

A temperatura do ar deve ser acima da média histórica em todo a região nordeste, mas principalmente no interior, por conta da redução das chuvas nos próximos meses.

A previsão para os próximos três meses indica baixos níveis de água no solo em grande parte da região. Já para a costa leste, os valores de umidade do solo ainda permanecerão satisfatórios nos meses de setembro e outubro, havendo redução em novembro, devido a redução das chuvas.

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