Clima e alta do dólar fazem o preço do café disparar e virar artigo de luxo

O grão moído teve uma alta de quase 33% no acumulado dos 12 meses até novembro

Os preços do café, do arábica e do robusta, dispararam no mercado. E não foi somente no Brasil. Em outros países produtores, como o Vietnã e Colômbia, o valor do grão também teve altas consideráveis fazendo o café se tornar mais um artigo de luxo para os consumidores. Clima, produção menor e câmbio são os principais motivos da alta, que pode se repetir até janeiro de 2025.

Do início do ano até agora, o preço do quilo do café moído já aumentou 33%, conforme o IPCA de novembro. 

As secas e as queimadas que atingiram as principais regiões produtoras neste ano provocaram uma quebra da safra e, como o café é uma commodity, seus preços são cotados em dólar e definidos nas bolsas de valores. Por isso, o valor subiu em todos os países. As cotações internacionais tiveram a maior alta dos últimos 50 anos nos últimos meses e o reajuste passa dos 70%.

No Brasil, a alta do dólar recente impactou ainda mais os consumidores nos supermercados. Primeiro, porque o peso da moeda norte americana pesa no preço final e, segundo, porque com a demanda internacional aquecida, os produtores devem direcionar mais cafés para o exterior, reduzindo a oferta para o mercado doméstico. Economistas acreditam que até janeiro de 2025, o café ainda possa subir mais.

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