Um estudo publicado na revista científica Nutrients, da Universidade da Califórnia em San Diego (EUA), afirma que o ovo é capaz de melhorar a memória, principalmente em mulheres. A pesquisa que mostra esta conclusão avaliou 890 indivíduos, 357 homens e 533 mulheres, analisou os hábitos alimentares dos participantes e submeteu-os a testes cognitivos.
De acordo com os cientistas, as mulheres que incluíam ovos em sua dieta apresentaram menor declínio na fluência verbal com o avançar da idade. Em particular, elas demonstraram uma capacidade superior de nomear categorias de itens, em comparação àquelas que não consumiam o alimento. Os dados reforçam a crescente evidência de que o ovo pode ser um aliado importante na saúde cerebral.
Algumas substâncias encontradas no ovo têm sido associadas a efeitos benéficos à saúde cerebral. A colina, uma das vitaminas do complexo B, presente na gema, é indispensável para a síntese do neurotransmissor acetilcolina, responsável pela regulação da aprendizagem e da memória. O ovo também contém luteína e zeaxantina, consideradas protetoras dos neurônios e de demais estruturas cerebrais, com importante ação antioxidante de combate ao estresse oxidativo e à inflamação no cérebro. Para completar, a clara é rica em aminoácidos, contribuindo para a construção e reparação muscular e integridade de unhas, cabelos e pele, além do alto poder nutritivo e de saciedade.
Os benefícios do ovo para a saúde, já o tornaram unanimidade na mesa da população brasileira. De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os consumidores brasileiros devem consumir até o final de 2024, 56,9 bilhões de ovos no país. Esse volume, se confirmado, será o maior já registrado no Brasil. “As pesquisas científica mostraram que o ovo faz bem para o organismo e derrubou o tabu de que era um alimento prejudicial”, afirmou Ricardo Santin, presidente da ABPA.
Márcio Utsch, presidente da Mantiqueira Brasil, empresa que produz 4 bilhões de ovos por ano no Brasil, completa: “Costumo dizer que os ovos são tão benéficos que poderiam ser vendidos em farmácias”, diz. “O ovo é o segundo melhor alimento do mundo, só perde para o leite materno. Essa nova pesquisa reforça o futuro promissor deste alimento acessível e versátil, indispensável para uma dieta equilibrada.”
