Edifícios, tráfego intenso e muita gente correndo. Essas são características típicas da cidade de São Paulo, o centro financeiro do país. No entanto, o que pouca gente sabe é que a capital paulista também tem áreas rurais onde se produz alimentos. 

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, por Meio da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA), a zona rural de São Paulo é de 433 km², o que equivale a 43,3 hectares. Grande parte destas áreas rurais estão localizadas na zona norte, próxima à região do Jaraguá e também na zona sul, próxima a represa de Guarapiranga.

Nestas áreas rurais, os produtores rurais que em sua maioria trabalham em pequenas unidades de agricultura familiar, onde 27% são chefiadas por mulheres, produzem hortaliças, frutas, legumes e plantas ornamentais, parte deles orgânicos com certificação e em transição agroecológica. De acordo com a SVMA, são 787 unidades de produção: 603 propriedades estão localizadas na zona sul da capital, 130, na zona leste e 39 na zona norte. 

Os dados mostram que em 272 unidades de produção, as principais culturas são as olerícolas, como legumes, verduras e raízes; 163 produzem plantas ornamentais; 262 propriedades cultivam frutas e outras 66 propriedades têm diversos produtos como ovos, galinhas, suínos e outros alimentos. Pelo menos 51 unidades têm certificação orgânica e 27 estão em transição para uma agricultura orgânica ou regenerativa.

A presença da agricultura no território contribui para minimizar o avanço da urbanização e preservar uma imensa área que guarda florestas nativas e mananciais de água. Também estão nessas áreas as duas terras indígenas da cidade, onde os Guarani, protetores originários desses territórios, mantêm suas tradições e cultura. Ao todo, 17 aldeias existem na capital paulista.

Já na área urbana, existem 1800 iniciativas de cultivo em hortas urbanas comunitárias, parques, escolas e UBSs - em espaços públicos e privados.