Burros são resgatados em parque na região metropolitana de Curitiba (PR)

Animais foram resgatados, passaram por exames e passarão a viver em um santuário

Burros resgatados pelo Instituto Água e Terra (IAT)
Marina Rampim/Adapar

Dois burros que estavam sendo criados irregularmente no Parque Estadual das Lauráceas em Adrianópolis, cidade localizada na região metropolitana de Curitiba (PR) foram resgatados pelo Instituto Água e Terra (IAT) e a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) nesta sexta-feira (9). Os animais já passaram por exames veterinários e serão encaminhados para a instituição de proteção animal Criadouro Onça-Pintada, em Campina Grande do Sul.

A criação de animais domésticos é proibida dentro da Unidade de Conservação (UC) devido ao risco de alterações no ecossistema local, como a devastação da vegetação nativa, comprometendo a preservação do espaço.

A ação contou com o apoio da Cavalaria da Polícia Militar e do Batalhão da Polícia Ambiental - Força Verde (BPAmb-FV). “Foi um processo bem complicado, porque os animais estavam em uma área de difícil acesso do parque. Por isso, a colaboração com as outras instituições foi muito importante para garantir que os animais pudessem ser resgatados com segurança”, explica a bióloga do IAT e chefe do Parque Estadual das Lauráceas, Marina Rampim.

O Parque das Lauráceas foi estabelecido em 1979 para proteger remanescentes da biodiversidade da Mata Atlântica e é o maior parque estadual do Paraná, com 30 mil hectares. O espaço abriga uma grande variedade de animais, com destaque para 76 espécies diferentes de mamíferos, espécies raras ou ameaçadas de extinção como a onça-parda (Puma concolor), anta (Tapirus terrestris), lontra (Lontra longicaudis) e várias espécies de veados (Mazama spp.).

Além dos mamíferos, o parque é habitat para 291 espécies de aves, incluindo espécies ameaçadas como a jacutinga (Pipile jacutinga), o gavião-de-penacho (Spizaetus ornatus) e o curió (Sporophila angolensis). O parque também possui 750 espécies de plantas, das quais 39 estão ameaçadas de extinção, incluindo a imbuia (Ocotea porosa) e a canela-coqueiro (Ocotea catharinensis), além das lauráceas (Lauraceae) que dão nome ao parque.

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