“Brasil pode ser a segurança alimentar do mundo”, diz ministro Fávaro

Congresso Brasileiro do Agronegócio 2023 acontece em São Paulo nesta segunda-feira (7) e reúne autoridades do setor

Viviane Taguchi

“Brasil pode ser a segurança alimentar do mundo”, diz ministro Fávaro
Cerimônia de abertura do Congresso Brasileiro do Agronegócio
Divulgação

O ministro da agricultura, pecuária e abastecimento, Carlos Fávaro, participa nesta segunda-feira (7), do Congresso Brasileiro do Agronegócio 2023, realizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em São Paulo. Na abertura do evento, Fávaro destacou o protagonismo ambiental e econômico do Brasil e destacou ‘uma nova ordem econômica mundial’ onde o Brasil seria único país do mundo que conseguiria atender as demandas.

“O Brasil, particularmente o agronegócio brasileiro, tem condições de atender todas as demandas desta nova ordem, que está ancorada na transição energética, geração de ativos ambientais e produção sustentável”, afirmou. Segundo Fávaro, o modelo desta nova ordem vai atrair para o Brasil recursos cada vez maiores vindos de outros países. “O BRICs (bloco econômico formado pelo Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) nos traz oportunidades de negócios grandiosos através de um acordo de livre comércio. O Brasil é o único país do mundo que pode ser a segurança alimentar do mundo”, disse.

Segundo o ministro, o governo federal está trabalhando intensamente com o bloco e também, para selar o acordo Mercosul-União Europeia (UE). “O presidente Lula está dedicado a isso, no entanto, vamos proteger a soberania brasileira. Temos o Código Florestal mais restritivo do mundo, o produtor brasileiro já cumpre uma legislação ambiental rigorosa e é preciso que o mundo todo valorize isso”.

Hidrogênio verde

O ministro Fávaro destacou que, no cenário da transição energética, o hidrogênio verde (H2V) é um dos produtos que vai despontar na economia, ultrapassando inclusive o mercado de veículos elétricos. “O hidrogênio verde é obtido a partir da geração de energias renováveis e o Brasil já tem um protagonismo global devido à produção de biocombustíveis, de cana-de-açúcar, de milho (etanol) e biometano, que é combustível feito a partir de resíduos orgânicos”.

Na abertura do evento, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que também participou do evento, informou que, nesta semana, uma unidade reformada de produção de hidrogênio verde será inaugurada em São Paulo. “São Paulo terá ônibus circulando com hidrogênio verde e isso será uma revolução”.

A Economia de Baixo Carbono e o protagonismo que o Brasil pode ter globalmente no setor também foi defendida pela senadora e ex-ministra da agricultura, Tereza Cristina. “O agronegócio brasileiro é protagonista em bons exemplos, em referências ambientais para todo o mundo, mas infelizmente há uma narrativa contra o agro e que devemos combater”, afirmou. Tereza também defendeu a legislação ambiental e ressaltou o dinamismo da regularização ambiental em São Paulo. 

Segundo Freitas, das 410 mil propriedades rurais no estado, 390 mil já concluíram o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e integram o PRA (Programa de Regulamentação Ambiental) do estado, o que está facilitando o acesso ao crédito por parte de pequenos e médios produtores. Neste ano, o governo anunciou prêmios de 0,5% sobre o Plano Safra para agricultores que já concluíram o CAR.

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