A produção de etanol de milho no Brasil, na safra 2023/2024, deve chegar aos 6 bilhões de litros, o que representa um crescimento de 36,7% da produção em relação à temporada atual. Os dados foram divulgados pela União Nacional do Etanol de Milho (Unem) nesta terça-feira (07/03), em Brasília (DF).
De acordo com o presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, o etanol de milho de segunda safra trouxe renda e previsibilidade ao produtor rural , possibilitando o aumento na área plantada e produtividade sem a necessidade de incorporar novas áreas de fronteiras para a exploração.
Além disso, o setor investe nas florestas plantadas, utilizando o eucalipto para a geração de vapor e energia na produção de etanol e cogeração para o sistema nacional, diferentemente de outros países que se utilizam de matriz fóssil.
Para a produção recorde, três novas indústrias devem atuar na produção, totalizando 21 fábricas autorizadas até meados do ciclo 2023/2024.
Entre as propostas para fortalecimento do setor, está o desenvolvimento e a consolidação de programas como o Renovabio, que tem como objetivo o aprimoramento das políticas e aspectos regulatórios dos biocombustíveis.
Uma das vantagens do etanol de milho brasileiro na comparação com o combustível produzido pelos Estados Unidos são as características da agricultura tropical que permitem a produção de alimentos, biocombustíveis e fibras em sistema de rotação de culturas e plantio direto, viabilizando de duas a três safras em um mesmo ano.